Dados do Trabalho


Título

Neoplasia maligna de cólon: uma análise retrospectiva do número de casos nos últimos 10 anos na Região Sul do Brasil

Introdução

O câncer colorretal é a terceira malignidade mais comum na maioria dos países, excluindo-se o câncer de pele, porém o diagnóstico precoce é feito apenas em 2% dos casos. No Brasil, a incidência é alta, com aproximadamente 41 mil novos casos todos os anos, a maioria após os 50 anos, tendo importante relação com os hábitos de vida - mas podem surgir antes, especialmente se história familiar positiva. O início da doença geralmente é assintomático, com progressão lenta e sintomas variáveis conforme localização.

Objetivo

Analisar o número de casos de neoplasia maligna de cólon na Região Sul do Brasil nos últimos 10 anos (de 2014 a 2023).

Método

Este é um estudo descritivo retrospectivo acerca do número de casos de câncer de cólon na região sul do Brasil entre 2014 e 2023. As variáveis estudadas foram faixa etária, sexo e mortalidade. O presente trabalho foi realizado por meio da análise de dados obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), através da ferramenta TABNET.

Resultados

Entre janeiro de 2014 e dezembro de 2023, houve ao total 44.863 casos de neoplasia maligna de cólon na região Sul do Brasil, sendo que o Rio Grande do Sul (RS) desponta como o estado da região que possui a maior quantidade, com 21.392 (47,68%), seguido pelo Paraná (PR), com 14.695 (32,75%) e, por fim, Santa Catarina (SC), com 8.776 (19,56%). A incidência foi ligeiramente maior no sexo feminino (22.669) em relação ao sexo masculino (22.194). Acerca da faixa etária, destaca-se a casa 60 anos (60-69), com 6.376 (14,21%) entre 60 e 64 anos e 6.660 (14,71%) entre 65 e 69 anos. A mortalidade total atribuída ao câncer colorretal na região sul do país foi de 9.242 indivíduos, com o RS concentrando a maioria dos óbitos (3.798; 41,09%), seguido pelo PR (3.377; 36,53%) e, por fim, SC (2.067; 22,36%). A maior porcentagem de mortalidade ocorreu entre 60 e 79 anos, nos três estados.

Conclusão

O perfil epidemiológico do paciente com neoplasia maligna de cólon na região sul constitui-se predominantemente de mulheres, na casa dos 60 anos. O índice de mortalidade mostrou-se alto, mesmo com os tratamentos disponíveis, sendo o RS o estado com maior número de casos e de óbitos para a doença. Conclui-se, pois, que a conscientização e educação populacional são ferramentas fundamentais no combate ao câncer de cólon, devido à sua elevada prevalência e mortalidade, ademais da necessidade de acompanhamento e realização de exames de rastreio para o diagnóstico e tratamento precoces da enfermidade.

Área

Câncer Colorretal

Autores

LAURA MOHR, ANA FLÁVIA AZEVEDO ZAROWNY, EDUARDA LARGO PIZI, GABRIEL RIGGO ANTUNES, GABRIELA ALBRECHT DA SILVA , ISADORA BARASUOL BOTTEGA, LEONARDO ZIOTTI MORASKI, MARIA CLARA SPADARI GUADAGNIN, NATÁLIA GHETTINO, PATRÍCIA ISABEL PETRAZZINI