Dados do Trabalho

Título

RELATO DE CASO: ESTADIAMENTO DE ADENOCARCINOMA DE CÓLON AVANÇADO COM PET-CT

Apresentação do Caso

M. W., 65 anos, chegou em consulta com anatomopatológico (AP) evidenciando adenocarcinoma de sigmoide, estágio clínico III. Iniciado tratamento com Capecitabina + Oxaliplatina (protocolo CAPOX). Ressonância Magnética (RM) sugerindo nódulo hepático metastático. Solicitada Tomografia por Emissão de Prótons (PET-CT), constando metástase hepática única. Discutido em reunião multidisciplinar, foi indicada hepatectomia não regrada. Durante inspeção da cavidade na cirurgia foram detectados diversos implantes em peritônio abdominal, omento e diafragma e pelo menos três lesões no fígado - achados não vistos em PET-CT. Realizada ressecção de alguns implantes peritoneais e de segmento de epiplon para diagnóstico - sendo que todos resultaram em metástase de adenocarcinoma. Recebeu alta da cirurgia oncológica e foi encaminhada para oncologista clínico para seguimento de tratamento quimioterápico paliativo com 5-fluorouracil, leucovorin infusional e irinotecano (FOLFIRI) devido carcinomatose peritoneal.

Discussão

O adenocarcinoma de cólon é uma doença prevalente que, comumente, não apresenta sintomas em estágios iniciais. O diagnóstico é feito através de AP após biópsia por colonoscopia. Os principais sintomas são dor abdominal e sangramento nas fezes, podendo apresentar anemia. Aproximadamente 20% dos pacientes apresentam doença metastática, tendo como principais focos linfonodos regionais, fígado, pulmões e peritônio. A metástase hepática normalmente é a primeira pois a drenagem venosa do intestino ocorre através do sistema porta. O PET/CT é um exame utilizado para detectar metástases em pacientes candidatos à ressecção hepática. Entretanto, a alteração da sensibilidade para detectar metástases hepáticas pode ocorrer após a realização de quimioterapia, devido a redução da atividade metabólica celular.

Comentários Finais

Embora a PET/CT apresentar alto valor no estadiamento do carcinoma colorretal devido à sua capacidade superior de localizar e caracterizar lesões metastáticas distantes, bem como avaliar o fígado e detectar lesões extra-hepáticas, este relato de caso destaca uma limitação diagnóstica significativa do exame.