Dados do Trabalho


Título

COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS DOS PACIENTES SUBMETIDOS A GASTRECTOMIA PARA TRATAMENTO DE CÂNCER DE ESTÔMAGO EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM SALVADOR, BAHIA.

Introdução

INTRODUÇÃO: O câncer gástrico possui incidência relevante dentro dos diagnósticos neoplásicos, figurando a quinta posição dentro dos mais encontrados. Para seu tratamento, a ressecção cirúrgica é a via mais indicada, trazendo bom prognóstico, contudo, complicações pós-operatórias são uma ameaça inerente, devendo ter seu risco estimado com escores validados, como a classificação da Sociedade Americana de Anestesiologia e, caso ocorram, devem ser categorizadas para análise da morbidade, como nas Complicações Cirúrgicas de Clavien-Dindo. O estudo analisou 1.350 pacientes de um hospital de referência em Salvador, Bahia, a fim de avaliar as complicações pós-operatórias das gastrectomias.

Objetivo

OBJETIVO: Avaliar as complicações pós-operatórias dos pacientes submetidos à gastrectomia para tratamento de câncer de estômago.

Método

MÉTODO: Este trabalho, de natureza observacional, longitudinal e retrospectivo, utilizou dados secundários de pacientes que realizaram gastrectomia total entre novembro de 2001 e janeiro de 2024. Para a análise, foram usadas medidas de tendência central e dispersão para variáveis quantitativas, e as variáveis qualitativas foram descritas em forma de percentuais.

Resultados

RESULTADOS: Dos 1.350 pacientes, a idade média foi de 60,5 anos. Na classificação da Sociedade Americana de Anestesiologia, 65,4% eram ASA II, 28,9% eram ASA I, 4,7% eram ASA III e 1% estava na classificação ASA IV. Quanto à ressecção feita, 32,1% realizaram gastrectomia total e 58,1% realizaram gastrectomia subtotal, os demais realizaram outras abordagens. Dentro das complicações pós-operatórias, 62% cursaram com desvio do curso operatório que exigiu uso de antieméticos, antipiréticos, analgésicos, diuréticos, eletrólitos ou drenagem de ferida operatória à beira-leito; 17,8% evoluíram com necessidade de terapia farmacológica distinta do grupo anterior ou com necessidade de transfusão sanguínea/nutrição parenteral total; 4,15% tiveram necessidade de intervenção cirúrgica, endoscópica ou radiológica sem uso de anestesia geral, enquanto 6,82% precisaram de alguma dessas intervenções, porém sob anestesia geral; 1,78% tiveram complicações com risco de vida, precisando de leito em Unidade de Terapia Intensiva e 7,4% evoluíram para óbito.

Conclusão

CONCLUSÃO: Assim, é notório que as complicações pós-operatórias evoluem com baixo risco à vida do paciente em sua maioria, sendo controladas sem nova intervenção cirúrgica, mostrando a confiabilidade da abordagem cirúrgica para tratamento do câncer gástrico.

Área

Câncer Esofagogástrico

Autores

MARIA LETICIA PEIXOTO DOS SANTOS SILVA, Thiago Francischetto Ribeiro, Vaner Paulo da Silva Fonseca Pinheiro, Alexandre Farias de Albuquerque, Eduardo Viana