Dados do Trabalho

Título

IMPACTO DA FRAGILIDADE NOS DESFECHOS PÓS-OPERATÓRIOS DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS: UM ESTUDO RETROSPECTIVO

Introdução

A fragilidade tem sido objeto de crescente interesse devido ao seu impacto nos desfechos oncológicos. Além disso, as desigualdades sabidamente interferem na assistência oncológica, possibilitando que fatores sociais influenciem os desfechos do tratamento; ainda é incerto, porém, a associação desses fatores sociais e demográficos com a síndrome da fragilidade.

Objetivo

Correlacionar dados sócio-demográficos, fonte pagadora ( SUS vs operadora), e a fragilidade clínica com o desfecho pós-operatório a curto prazo

Método

Estudo tipo coorte retrospectivo, com dados coletados através de prontuários eletrônicos, que incluiu pacientes submetidos a cirurgia eletiva por câncer gastrointestinal, de janeiro de 2023 a dezembro de 2023, num Cacon da região sudeste.

Resultados

A amostra foi de 328 pacientes. A media de idade foi de 61 anos ( DP +_ 12,7). 56% dos pacientes tinha até o ensino fundamental completo. 50,9% eram do sexo feminino. 84% dos pacientes foram tratados via SUS. 12% de cirurgia minimamente invasiva. A morbidade pós op foi de 40,5%, e o óbito pós op foi de 4,2%. Na analise univariada, sexo, escolaridade, raça, fonte pagadora e a fragilidade clínica não se correlacionam com as complicações pós-operatórias.

Conclusão

Nesse estudo não evidenciamos correlação das variáveis sociodemográficas e fragilidade com o desfecho pós-operatório a curto prazo. Os autores sugerem que o tratamento oncológico em centro de referência pode minimizar o impacto das desigualdades nos desfechos oncológicos.