Dados do Trabalho
Título
QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM COLOSTOMIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Introdução
O câncer colorretal é uma das neoplasias mais prevalentes no Brasil, principalmente na população acima de 50 anos. O diagnóstico tardio do câncer colorretal frequentemente resultam na necessidade de intervenções cirúrgicas, sendo a colectomia com colostomia uma das mais comuns. Essa abordagem, embora seja necessária para a remoção do câncer, acarreta não apenas em consequências físicas, como alterações na função intestinal e na rotina do paciente, mas também alterações psicológicas.
Objetivo
Enfatizar a relevância dos aspectos psicológicos envolvidos nos pacientes com colostomia.
Método
Revisão de literatura por meio de pesquisas nas bases de dados BVS e PUBMED, nas quais foram utilizados descritores como neoplasias colorretais, qualidade de vida, aspectos psicológicos, colostomia e tratamento paliativo. Foram incluídos artigos na língua portuguesa e inglesa, publicados nos últimos cinco anos.
Resultados
Foram incluídos nessa revisão sete estudos. Os aspectos psicológicos de pacientes com câncer colorretal submetidos à colostomia têm grande impacto na qualidade de vida. Muitas vezes, esses pacientes enfrentam um período de adaptação difícil, lidando com a perda de controle sobre a função intestinal e preocupações relacionadas à imagem corporal e intimidade, as quais podem resultar em sentimentos de vergonha, ansiedade e depressão, impactando não apenas na autoestima, mas também nas interações sociais. Embora alguns relatem uma qualidade de vida relativamente estável, os efeitos psicológicos, como a sensação de isolamento e o medo de acidentes com a bolsa de colostomia, são recorrentes e afetam significativamente o bem-estar emocional, fato que leva a muitos não retornarem ao ambiente de trabalho. A falta de suporte psicológico adequado pode intensificar esses sentimentos, desse modo, enfatiza-se a importância da abordagem multidisciplinar para promover uma melhor reintegração e adaptação à nova realidade. Por fim, uma comunicação empática entre a equipe multidisciplinar e o paciente é necessária para o engajamento no tratamento. Além disso, deve-se realizar a educação sobre a colostomia, pois pacientes informados lidam melhor com as mudanças, compreendendo que essa realidade é parte do tratamento.
Conclusão
Ao integrar esses aspectos em uma abordagem centrada no paciente, é possível não apenas promover a saúde física, mas também o bem-estar emocional e psicológico desses indivíduos.
Área
Câncer Colorretal
Autores
BRUNA LUIZE BARROS, MARIA ANTONIA DAL MOLIN WERLANG, MATHEUS FERNANDO VIDI ZANELLA, MARIEL VALÉRIA PRADA DA SILVA, LEONARDO RAFAEL MOSLINGER, ARIANA CENTA