Dados do Trabalho
Título
A RELAÇÃO ENTRE DOENÇA CELÍACA E CÂNCER DO TRATO GASTROINTESTINAL
Introdução
Introdução: A doença celíaca é uma agressão autoimune perante a ingesta de glúten, geralmente possui curso benigno e resolução dos sintomas após a retirada do glúten. Contudo, em pacientes não diagnosticados, sem adesão à dieta ou após 5 anos de diagnóstico, há um risco aumentado de desenvolver algumas malignidades como linfoma de células T associado a enteropatia e carcinoma do intestino delgado.
Objetivo
Objetivo: Avaliar a incidência de câncer no trato gastrointestinal em pacientes com doença celíaca.
Método
Método: Revisão de literatura nas bases de dados PubMed e Scielo, com os descritores “doença celíaca”, “câncer gastrointestinal” unidos pelo booleano AND, os critérios de inclusão foram texto completo e últimos 10 anos.
Resultados
Resultados: Foram selecionados 5 artigos que atendiam aos critérios de inclusão. Com os dados obtidos, revela-se que pacientes celíacos possuem um risco 6 vezes maior para desenvolver linfoma de células T associado a enteropatia, o qual, é mais prevalente em homens e mais frequente a partir dos 70 anos. Sendo mais comum no jejuno, sua apresentação clínica mimetiza uma agudização da doença celíaca, com dor abdominal, diarreia, perda de peso, febre e sudorese noturna. O diagnóstico pode ser confirmado por meios endoscópicos e o tratamento mais comum é a quimioterapia, porém, mais de 50% dos pacientes não podem iniciá-la devido à desnutrição, disseminação do linfoma e idade avançada, no mais, naqueles que iniciam a metade não consegue terminar devido a complicações, recidiva e iatrogenia. Isso corrobora para uma sobrevida média de 7,5 meses. O carcinoma do intestino delgado é uma neoplasia na qual 13% dos casos estão associados ao diagnóstico de doença celíaca, sendo mais comum entre os 50 e 60 anos de vida. Os principais fatores de risco são a idade, atraso no diagnóstico da doença celíaca e a baixa adesão a dieta restritiva. A sintomatologia é composta por sangramento intestinal, melena, anemia, vômitos de borra de café além de sintomas de obstrução. A enterografia por tomografia ou ressonância são utilizadas para o diagnóstico. A terapêutica inclui quimioterapia clássica, cirurgia curativa para estágios inicias e cirurgia com quimioterapia adjuvante para estágios avançados. O prognóstico em geral é ruim com sobrevida média de 20,1 meses.
Conclusão
Conclusão: Apesar das diferenças entre ambas neoplasias, o rápido diagnóstico e a adesão à dieta livre de glúten podem diminuir o risco de câncer e mortalidade, principalmente no primeiro ano.
Área
Outros e Miscelânea
Autores
MATHEUS FERNANDO VIDI ZANELLA, BRUNA LUIZE BARROS, MARIEL VALÉRIA PRADA DA SILVA, LEONARDO RAFAEL MOSLINGER, CLAUDRIANA LOCATELLI, ARIANA CENTA