Dados do Trabalho

Título

NEOPLASIA MALIGNA DE FÍGADO E VIAS BILIARES INTRA-HEPÁTICAS: COMPARAÇÃO DAS TAXAS DE MORTALIDADE ENTRE AS REGIÕES SUDESTE E NORTE DO BRASIL

Introdução

A Neoplasia Maligna de Fígado e Vias Biliares Intra-Hepáticas é um câncer bastante característico de países em desenvolvimento - assim como outros cânceres associados à etiologia infecciosa - entre eles, o câncer do colo do útero, o câncer de cabeça e pescoço e o câncer gástrico. A maior parte dos casos é atribuída às infecções pelos vírus das hepatites B e C, bem como a condições metabólicas como esteatose hepática e diabetes tipo 2. Os principais sinais e sintomas desta patologia são caracterizados por dor e massa abdominal, perda de peso inexplicada,inapetência, icterícia e ascite.

Objetivo

Comparar as taxas e o perfil epidemiológico de mortalidade por Neoplasia Maligna de Fígado e Vias Biliares Intra-Hepáticas entre as regiões Sudeste e Norte do Brasil.

Método

Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo, utilizando dados do Departamento de Informações e Informática do SUS (DATASUS) no grupo dos indicadores de estatísticas vitais, a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, por local de residência de 2018 a 2022. As variáveis analisadas foram região, faixa etária, sexo e cor/raça.

Resultados

No período analisado, identificou-se 53.433 óbitos por Neoplasia Maligna de Fígado e Vías Biliares Intra-Hepáticas em todo o Brasil, dos quais 23.336 (43,67%) são referentes à região Sudeste e 3.333 à Norte (6,23%). Referente a faixa etária, indivíduos com idade entre 60 e 69 anos apresentaram as maiores taxas de mortalidade em ambas as regiões, totalizando 3.984 e 947 para a Sudeste e Norte, respectivamente. Em relação ao sexo, homens são os mais atingidos nas duas regiões, totalizando 13.647 para a Sudeste e 1971 para a Norte. Por fim, avaliando a cor/raça, verifica-se uma divergência no perfil, pois enquanto pessoas brancas são mais atingidas na região Sudeste (n=14.648), indivíduos pardos são mais afetados na região Norte (n=2.307).

Conclusão

Conclui-se que o perfil de mortalidade entre as duas regiões apresenta semelhanças sociodemográficas, diferindo principalmente em relação à raça/cor. Dessa forma, com base nos dados apresentados torna-se evidente a necessidade de políticas públicas direcionadas, principalmente,ao perfil epidemiológico e às demandas de cada região.