Dados do Trabalho


Título

Avanços na imunoterapia para tratamento de câncer gastrointestinal: Revisão de Literatura

Introdução

O cânceres gastrointestinais, os quais envolvem: colorretal, fígado, estômago, esôfago e pâncreas, são responsáveis por mais de um terço das mortes relacionadas ao câncer no mundo, considerados um problema de saúde global com uma necessidade urgente de novas estratégias terapêuticas. Dessa forma, novas alternativas de tratamento com o uso de imunoterapia, utilizando os inibidores dos pontos de verificação imunológico direcionados contra a proteína de morte celular programada 1 (PD-1), seja como monoterapias ou em regimes combinados, obtiveram aprovações regulatórias específicas do local do tecido para o tratamento da doença metastática e no ambiente ressecável.

Objetivo

Este artigo de revisão discute o conhecimento atual e as direções futuras sobre imunogenicidade e imunoterapia no tratamento de câncer gastrointestinal.

Método

Selecionar artigos com estudos sobre o avanço da imunoterapia para o tratamento de câncer gastrointestinal nos últimos 5 anos, nos bancos de dados PubMed e SciELO por meio de revisão integrativa da literatura.

Resultados

A origem celular contribui para a imunogenicidade inata desses tumores, o que envolve diretamente o grau de compatibilidade dos biomarcadores em relação aos inibidores do ponto de verificação imunológico. Desta forma, dentro de um mesmo subgrupo de biomarcadores para agir em um específico tumor, há uma grande variável de atuação, o que dificulta diretamente o manejo desse tratamento. No entanto, aumentar a imunogenicidade do câncer gastrointestinal ou reverter o microambiente imunossupressor, tornaram-se abordagens potenciais para a imunoterapia e a adequação para este tratamento. Um estudo por Zhi Peng et al, avaliou 74 pacientes em uso de anti-PD-1/PD-L1 e avaliação de biópsias fecais antes e durante o tratamento, destacou o impacto dos microbiomas intestinais nos resultados anti-PD-1/PD-L1, em um subconjunto de pacientes com câncer GI, o que sugere o potencial do microbioma como um marcador para respostas de bloqueio de ponto de verificação imunológico.

Conclusão

O tratamento baseado em imunoterapia para cânceres gastrointestinais ainda está em um estágio inicial em comparação com outros tumores imunogênicos. O surgimento da microbiota como adjuvante para a resposta à imunoterapia abre novas vertentes para a progressão dos estudos para o tratamento do câncer gastrointestinal. Dessa forma, a imunoterapia, ainda, necessita de maneiras para superar a resistência primária, a fim de modular as células imunes e aumentar a eficácia terapêutica.

Área

Oncogenética

Autores

LUANA FERREIRA VASQUES, AMANDA SCHWONKE ZANATTA, Maria Eduarda Ayres Obelar, RAFAEL VIEIRA KWIATKOWSKI, FILIPE VIEIRA KWIATKOWSKI, FERNANDO BORGES DA SILVA