Dados do Trabalho

Título

Imunoterapia no Tratamento do Câncer Colorretal Metastático: uma Revisão de Literatura

Introdução

O câncer colorretal metastático (mCRC) é uma das principais causas de mortalidade por câncer no mundo. Apesar do uso de terapias convencionais, como quimioterapia e cirurgia, as taxas de sobrevida ainda são baixas. Recentemente, a imunoterapia surgiu como uma opção promissora, com destaque para os inibidores de checkpoints imunológicos, como pembrolizumabe e nivolumabe. No entanto, sua eficácia está ligada a características genéticas específicas, como a instabilidade de microssatélites (MSI-H) e a deficiência na reparação de DNA (dMMR).

Objetivo

Este estudo visa sintetizar os achados mais recentes sobre a eficácia da imunoterapia no tratamento de mCRC, com foco na resposta de pacientes com diferentes perfis moleculares, como MSI-H/dMMR e MSS/pMMR destacando os desafios e as perspectivas para ampliar a aplicabilidade desses tratamentos a pacientes.

Método

Realizou-se uma revisão narrativa da literatura a partir de artigos publicados entre 2016 e 2023 nas bases de dados PubMed/MEDLINE. Os termos de busca utilizados foram "colorectal cancer", "immunotherapy" e "treatment". Foram incluídos estudos que abordaram a eficácia e limitações da imunoterapia em câncer colorretal metastático, com foco em comorbidades, perfis moleculares de pacientes (MSI-H, MSS) e métodos de tratamento, incluindo inibidores de checkpoint imunológico e terapias combinadas.

Resultados

A imunoterapia demonstrou eficácia significativa em pacientes com mCRC que apresentam MSI-H/dMMR, com altas taxas de resposta objetiva e melhora na sobrevida livre de progressão, conforme observado em estudos com o uso de pembrolizumabe e nivolumabe. No entanto, a maioria dos pacientes com tumores MSS/pMMR não responde a esses tratamentos, pois o microambiente tumoral nestes casos impede a ativação eficaz do sistema imunológico. Combinações de imunoterapia com terapias-alvo, como inibidores de tirosina quinase, têm mostrado algum sucesso, principalmente em pacientes com metástases pulmonares, embora os resultados sejam limitados para aqueles com metástases hepáticas.

Conclusão

A imunoterapia revolucionou o tratamento de mCRC para pacientes com MSI-H/dMMR, mas ainda enfrenta desafios significativos para ser eficaz em tumores MSS/pMMR. Estratégias futuras devem focar em combinações terapêuticas e na identificação de biomarcadores que possam prever a resposta imunológica, além de novos estudos clínicos para expandir o uso da imunoterapia para um maior número de pacientes com mCRC.