Dados do Trabalho


Título

COMPARATIVO DO RIPRETINIB VERSUS SUNITINIB NO TRATAMENTO DE TUMORES ESTROMAIS GASTROINTESTINAIS (GIST) EM PACIENTES ADULTOS

Introdução

Os Tumores Estromais Gastrointestinais (GISTs) são neoplasias mesenquimais raras e constituem um tipo de sarcoma do aparelho digestivo. A conduta terapêutica atual inclui o uso de inibidores de tirosina-quinases (TKIs), como Sunitinib e Ripretinib. O Sunitinib atua como inibidor multialvo, inibindo as mutações no gene KIT, responsável pelo crescimento desordenado do tumor, bem como sobre o receptor do VEGFR, controlando a angiogênese patológica. O Ripretinib tem a capacidade de inibir mutações em múltiplos loci dos genes KIT e PDGFRA, bloqueando a proliferação celular tumoral. Comparar ambos os medicamentos é relevante para avaliar seus resultados em pacientes portadores de GISTs.

Objetivo

Avaliar a eficácia dos tratamentos com Ripretinib comparados ao Sunitinib em Tumores Estromais Gastrointestinais em pacientes adultos.

Método

Foi realizada uma revisão sistemática, por meio de buscas nas bases de dados PubMed e Cochrane. Os descritores escolhidos foram "Ripretinib", "Sunitinib" e "Gastrointestinal Stromal Tumor", com artigos publicados nos últimos 5 anos. Os critérios de inclusão envolviam artigos de revisão sistemática e ensaio clínico, que abordassem GIST e o efeito das duas medicações, e os critérios de exclusão foram duplicatas e aqueles restritos à crianças, gestantes e imunodeprimidos. Dos 32 artigos encontrados, 7 foram incluídos na análise.

Resultados

Os estudos evidenciaram que a taxa de sobrevivência foi similar com ambos os medicamentos, com efeitos adversos mais pronunciados com o Sunitinib. As interrupções de administração ou necessidade de diminuição de doses foram menores com o Ripretinib. Portanto, o Ripretinib demonstrou perfil de segurança mais consistente e favorável em GIST avançado com tratamento prévio com Imatinib. Ademais, os estudos demonstraram que pacientes com mutações primárias no exon 11 e secundárias nos exons 17/18 do gene KIT tiveram maior benefício com Ripretinib. Já aqueles com mutações secundárias nos exons 13/14 do KIT se beneficiaram mais com Sunitinib. Logo, a análise do ctDNA pode representar uma ferramenta importante na escolha do tratamento.

Conclusão

A comparação entre Ripretinib e Sunitinib no tratamento dos GISTs evidencia que, apesar de resultados de sobrevivência semelhantes, o Ripretinib oferece um perfil de segurança superior, com menos efeitos adversos e menor necessidade de ajustes da posologia. Além disso, a análise do ctDNA mostra-se promissora na personalização do tratamento a fim de otimizar a eficácia terapêutica.

Área

Câncer Colorretal

Autores

CAROLINE MARTINS VIEIRA, Júlia Wanderley Soares de Viveiros, Anna Thereza Rocha Pereira