Dados do Trabalho


Título

PAPEL DA METILAÇÃO DO DNA NA CARCINOGÊNESE DO HEPATOBLASTOMA: UMA REVISÃO DA LITERATURA (2018-2023)

Introdução

O hepatoblastoma (HB) é a neoplasia maligna mais comum no fígado de crianças. O HB ocorre nos 3 anos iniciais de vida, sendo raro após 5 anos de idade e ataca principalmente crianças do sexo masculino. Revisar recentes literaturas auxilia no entendimento da metilação no hepatoblastoma.

Objetivo

Esse trabalho tem como objetivo revisar a literatura do período de 2018 a 2023 sobre o hepatoblastoma e o papel da metilação do DNA no desenvolvimento do tumor.

Método

Foi realizada uma revisão narrativa da literatura que utilizou o banco de dados PubMed com os descritores DeCS/MeSH “hepatoblastoma DNA methylation” combinados com o operador booleano “AND”. O critério de inclusão foi artigos que apresentavam dados relevantes sobre metilação no hepatoblastoma e o período foi de 2018 até 2023. Dessa busca, foram obtidos 25 artigos científicos e selecionados 4 trabalhos.

Resultados

O hepatoblastoma, neoplasia maligna hepática comum na infância, não permite amplas opções de tratamento quando em estado avançado. A busca por tratamentos alternativos se faz necessária para visar a prognósticos positivos para a qualidade de vida. Nesse sentido, os fatores genéticos têm papel-chave. A metilação do DNA (adição de unidades CH3– ao gene) pode suprimir genes carcinogênicos ou inativar porções de gene que desempenham ação antitumoral. O gene para β-catenina (CTNNB1) forma a proteína β-catenina e alterações no CTNNB1 são conhecidas em pacientes com HB. A β-catenina, em situações fisiológicas, é degradada pelo complexo APC/Axin/GSK3β, sendo posteriormente ubiquitinada. No caso do HB, há falha desse processo e a concentração de β-catenina aumenta até invadir o núcleo. No núcleo, a β-catenina se associa à família de fatores de ligação e ao fator de aprimoramento de linfócitos/citocinas T (TCF/LEF) para ativar a transcrição de genes. Em comparação entre um fígado com HB e um fígado normal, 1359 regiões de genes foram metiladas. Destas, 58% eram hipometiladas em comparação com o fígado normal. Esses dados mostram que a metilação no HB apresenta baixos níveis de metilação do DNA e altos níveis de metilação de genes específicos, o que é consistente com as características de metilação de outros tumores.

Conclusão

O hepatoblastoma gera dúvidas no meio científico quanto ao seu fator de desenvolvimento e progressão genética. Porém, com os recentes estudos fica claro o papel da metilação no genes para suprimir células supressoras de tumor e promover crescimento de oncogenes.

Área

Câncer Hepato-pancreato-biliar

Autores

LUCAS GUSTAVO ARAUJO GUIMARÃES, Lucas Santos Garcez, Henrique da Rocha Froncheti, Gustavo Gabriel de Oliveira, Pedro Cravo Melo, Felipe Gropelli, Anderson da Silveira Gonçalves, Timóteo Moreira, Arthur Bertuol Maurer, Gustavo Vianna Raffo