Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE TÊMPORO-ESPACIAL DA MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DO ESÔFAGO NO PARANÁ, ENTRE 2011 E 2021
Introdução
O Brasil, com suas dimensões continentais, apresenta variados padrões e taxas de mortalidades para a neoplasia maligna do esôfago em cada uma de suas regiões. Entre 2011 a 2021 foram computadas 90.812 mortes por neoplasia maligna do esôfago no Brasil, sendo que 7.005 (7,7%) ocorreram no Paraná.
Objetivo
Analisar a distribuição espacial e perfil epidemiológico relacionados à mortalidade por neoplasia maligna do esôfago nos municípios do estado do Paraná, no período de 2011 a 2021.
Método
Estudo epidemiológico com foco na análise espacial no estado do Paraná nas décadas de 2011 a 2021, o qual foram utilizados dados de óbitos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), e dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, para o cálculo de taxas brutas e padronizações da mortalidade em cada município do estado do Paraná. As informações do perfil epidemiológico e frequência de óbitos foram avaliadas utilizando os parâmetros: sexo, idade, raça, estado civil, escolaridade e município. A análise temporal foi realizada pelo software Joinpoint e as análises espaciais foram realizadas no programa GeoDa.
Resultados
No Paraná, entre 2011 e 2021, houve registro de 7.005 óbitos por neoplasia maligna de esôfago. O perfil de maior mortalidade foi o de homens (78,74%), entre 60 e 69 anos (30.92%), de raça branca (74,45%), casados (48,92%) e com 4 a 7 anos de estudo completos (31,99%). Verificou-se através da análise espacial a formação de aglomerados espaciais de altas taxas de mortalidade nas regiões Sudeste e Centro Sul do Paraná. O município de Paulo Frontin foi o que apresentou maior taxa de mortalidade no período de 2011 a 2021, correspondendo a 26,32/100 mil habitantes, seguido pelas cidades de Mallet (24,87/100 mil hab.) e Pinhal de São Bento (23,45/100 mil hab.). Verificou-se mortalidade média de 6,27/100 mil habitantes, sendo que o ano de maior mortalidade foi 2018 (6,16/100 mil habitantes) e o ano de menor mortalidade foi 2020 (5,23/100 mil habitantes). Observou-se diminuição média anual de 0,34% da mortalidade.
Conclusão
Esse estudo identificou os municípios paranaenses com elevada taxa de mortalidade e os aglomerados existentes, destacando a população alvo e expondo a necessidade de estratégias. Observou-se ligeira diminuição da incidência de câncer esofágico no Paraná na última década.
Área
Câncer Esofagogástrico
Autores
ALICE CLARITA DOS SANTOS, Leonardo Moreira Dias, Tailla Cristina de Souza, Fernanda Ritt de Souza, Carlos Roberto Naufel Junior, Maria Carolina Xavier Westphalen, Isabela Gusso Scremin, Giovana Derewlany Araujo, Manoella Schveitzer Cardoso