Dados do Trabalho
Título
Impacto das Alterações Genéticas na Resposta a Tratamentos Quimioterápicos em Câncer Esofágico.
Introdução
O câncer esofágico representa uma das neoplasias mais desafiadoras em termos de diagnóstico e tratamento, com altas taxas de mortalidade em todo o mundo. Estudos recentes indicam que as alterações genéticas desempenham um papel fundamental na progressão da doença e na resposta ao tratamento quimioterápico (Porth et al., 2023). A identificação dessas alterações pode proporcionar uma base para o desenvolvimento de terapias mais direcionadas e personalizadas, melhorando, assim, os resultados clínicos (Ahuja et al., 2023).
Objetivo
Avaliar a literatura atual sobre como as alterações genéticas influenciam a eficácia dos tratamentos quimioterápicos em pacientes com câncer esofágico.
Método
A metodologia seguiu as diretrizes PRISMA para revisões sistemáticas. A pesquisa foi conduzida nas bases de dados PubMed(n=500), SciELO(n=0) e LILACS(n=1200), utilizando os seguintes descritores: "tratamento quimioterápico," "câncer esofágico" e "alterações genéticas."Seguindo os critérios de inclusão artigos publicados entre 2019 e 2024, que abordassem a relação entre alterações genéticas e a resposta ao tratamento quimioterápico em câncer esofágico. Além disso, foram considerados apenas estudos em inglês, português ou espanhol, e que apresentassem dados primários relevantes sobre o tema. E de exclusão que não focassem especificamente em câncer esofágico, revisões de literatura sem dados primários e que não discutissem o impacto das alterações genéticas na resposta ao tratamento. Após, foram selecionados 30 artigos relevantes para a análise detalhada.
Resultados
Os estudos revisados demonstraram que as alterações nos genes HER2, TP53 e KRAS desempenham papéis cruciais na eficácia dos tratamentos.A amplificação do gene HER2 foi frequentemente associada a uma resposta positiva a terapias direcionadas, como o trastuzumabe observaram que pacientes com adenocarcinoma esofágico positivo para HER2 apresentaram uma taxa de resposta superior ao tratamento, destacando a relevância deste biomarcador para a escolha da terapia (Porth et al.2023). Por outro lado, mutações em genes como TP53 e KRAS foram associadas a uma menor eficácia dos tratamentos quimioterápicos convencionais, indicando que a presença dessas mutações pode levar à resistência à quimioterapia, resultando em prognósticos menos favoráveis para os pacientes (Ahuja et al. 2023).
Conclusão
A identificação de biomarcadores e a personalização do tratamento clínico são essenciais para otimizar os resultados na terapia de cancer esofágico.
Área
Câncer Esofagogástrico
Autores
GABRIELA SARNACKI ZAITTER, MARIA EDUARDA DE LIMA, GIOVANA PEREIRA BENEVIDES