Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DESCRITIVA E RETROSPECTIVA DAS INTERNAÇÕES POR NEOPLASIA DO FÍGADO E VIAS BILIARES INTRA-HEPÁTICAS DE 2013 A 2023 NO BRASIL

Introdução

No ano de 2023, a incidência de neoplasias hepáticas no Brasil foi de 10.700 casos, o que representa 2,7% de todas as neoplasias no território nacional, exceto as de pele não melanoma. Diante disso, a análise tanto do perfil epidemiológico dos pacientes quanto do número de óbitos relacionados a essa neoplasia é indispensável para a compreensão desse cenário.

Objetivo

Apresentar dados relacionados a internações por neoplasias do fígado e vias biliares intra-hepáticas, considerando faixa etária, sexo, região nacional e óbitos.

Método

Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo que examinou as internações hospitalares por neoplasias do fígado e vias biliares intra-hepáticas no Brasil, no período de 2013 a 2023. Os dados foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), utilizando o TABNET como ferramenta.

Resultados

Foram relatados 108.192 casos, sendo 55,9% homens e 44,1% mulheres. Quanto à distribuição geográfica, a maioria das internações ocorreu na região Sudeste (47%), seguida pela região Sul (23,3%) e pela região Nordeste (20,6%). As regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram menor relevância percentual, representando 5,4% e 3,5%, respectivamente. No que diz respeito à faixa etária, foram registradas 7.619 internações entre jovens de até 29 anos nesse período. À medida que aumenta a faixa etária, foram registrados 13.642 casos entre adultos de 30 a 49 anos e, finalmente, 86.931 (80,3%) internações decorrentes de neoplasias hepáticas em adultos de 50 anos ou mais. Por fim, a taxa de mortalidade nesse período atingiu 23,6% dos casos de internação.

Conclusão

A partir da grande incidência de internações relacionadas a esse cenário, foi identificada concordância com a literatura no que diz respeito ao aumento significativo do número de casos de neoplasias hepáticas em pessoas com faixas etárias mais avançadas. Além disso, o fator sexo manteve uma diferença de cerca de 10% a mais para homens. Isso pode estar relacionado ao fato de que o público masculino está geralmente mais exposto aos fatores de risco dessa condição neoplásica, como o tabagismo e o alcoolismo. Mesmo assim, estudos mais abrangentes sobre essa condição são necessários para conclusões concretas.