Dados do Trabalho
Título
ESTUDO ANALÍTICO DA INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE ESÔFAGO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA NO PERÍODO DE 2013 A 2023
Introdução
O câncer de esôfago é a 10ª causa de câncer mais comum em todo o mundo. Costuma apresentar sintomas tardios como disfagia progressiva, pirose e dor retroesternal. Os principais fatores de risco são tabagismo, etilismo, obesidade, doença do refluxo gastroesofágico e consumo de bebidas em altas temperaturas. A endoscopia digestiva alta é o principal exame para investigação.
Objetivo
Relatar o número de casos da doença em diversos perfis sociais, para correlacionar o vínculo entre incidência e promoção de saúde.
Método
Estudo epidemiológico analítico realizado por coleta de dados no DATASUS, referente ao câncer de esôfago no Brasil, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2023, estratificando pela região, faixa etária, sexo, ano de diagnóstico, estadiamento, modalidade terapêutica e óbitos.
Resultados
Registrou-se um total de 66.718 casos de câncer de esôfago nos últimos 10 anos, com a maior incidência na região Sudeste (32.714 casos, correspondendo a 49,03%), seguido por 16.825 casos na região Sul (25,21%). A maioria dos diagnósticos aconteceram entre 60 e 64 anos (17,40%), mais frequentemente em homens (73,99%). O ano de 2021 apresentou o maior número de casos (11,76%), e houve um crescimento de 24,33% no número de diagnósticos entre os anos de 2013 a 2023. Mais frequentemente os diagnósticos se deram em estágios III (34,70%) e IV (16,95%). As principais estratégias terapêuticas adotadas foram a quimioterapia (41,3%) e a radioterapia (29,63%). Tratamento combinado e cirúrgico representaram, respectivamente, 4,66% e 3,73%. Em 20,68% dos casos não havia informação referente à terapia utilizada. O número total de óbitos no período analisado foi de 83.997, com um crescimento de 8,08% ao longo dos anos, a maioria ocorrendo entre 60 a 69 anos (30,70%).
Conclusão
Nota-se que o total de casos de câncer de esôfago diagnosticados aumentou substancialmente nos últimos 10 anos, o que pode estar relacionado com o estilo de vida da população. A mortalidade ainda é alta em decorrência do maior número de diagnósticos em estágios avançados. Os profissionais da saúde devem estimular a prática de hábitos saudáveis e investigar precocemente os sinais da doença, permitindo melhores prognósticos e reduzindo a morbi-mortalidade pela doença.
Área
Câncer Esofagogástrico
Autores
DJULY PEREIRA RUTZ, CAMILA DAGOSTIM JEREMIAS, GABRIELA RESMINI DURIGON, PAOLA SUELEN KLEIN