Dados do Trabalho

Título

ESTUDO DESCRITIVO E RETROSPECTIVO DA MORTALIDADE HOSPITALAR POR CÂNCER DE CÓLON NO BRASIL (2018-2023): ANÁLISE COM DADOS DO DATASUS

Introdução

O câncer de cólon é uma das principais causas de morbidade e mortalidade globalmente, ocupando o terceiro lugar em incidência e o segundo em mortalidade entre todos os tipos de câncer. Essa neoplasia afeta o intestino grosso, incluindo cólon, reto e ânus. No Brasil, a análise da mortalidade hospitalar e das disparidades regionais é essencial para otimizar a distribuição de recursos no sistema de saúde e aprimorar as estratégias de combate à doença.

Objetivo

Apresentar dados relacionados a mortalidade por neoplasias de cólon no Brasil, considerando faixa etária, sexo, etnia, região nacional e óbitos.

Método

Realizou-se um estudo descritivo e retrospectivo, utilizando dados de mortalidade por neoplasias de cólon no Brasil entre 2018 e 2023. As informações foram obtidas a partir do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), por meio da ferramenta TABNET. As variáveis analisadas incluíram faixa etária, sexo, etnia, região geográfica e número total de óbitos.

Resultados

Entre 2018-2023, foram registrados 26.707 óbitos, com 48,2% ocorrendo em homens e 51,8% em mulheres. A mortalidade foi significativamente maior a partir dos 50 anos, com óbitos nessa faixa etária representando 88% do total, enquanto aqueles abaixo de 49 anos corresponderam a apenas 12%. A faixa etária entre 60 e 69 anos concentrou 28,2% dos óbitos. Em termos de distribuição geográfica, a região Sudeste apresentou a maior incidência de mortes, com 55,5% dos casos totais, seguida pela região Sul, com 21,9%. Quanto à etnia, a maior porcentagem de mortes foi entre pessoas autodeclaradas brancas (49,7%), seguidas pelos pardos (32%).

Conclusão

A análise dos dados evidencia uma alta taxa de mortalidade por câncer de cólon no Brasil, com predominância em mulheres, indivíduos com mais de 50 anos, pessoas autodeclaradas brancas e em regiões mais desenvolvidas, como o Sudeste. A maior concentração de óbitos nessa região pode estar relacionada à melhor infraestrutura de saúde e, consequentemente, a uma notificação mais precisa dos casos. No entanto, ainda são necessários estudos adicionais para confirmar essa relação e compreender melhor as disparidades regionais. Esses resultados estão em conformidade com a literatura existente e ressaltam a urgência de políticas de saúde pública voltadas à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer de cólon, especialmente nas faixas etárias e grupos mais vulneráveis identificados.