Dados do Trabalho


Título

TAXAS DE MORTALIDADE E INTERNAÇÃO POR CÂNCER ESOFÁGICO NO PERÍODO PÓS-PANDEMIA (2023-2024): UM ESTUDO NACIONAL

Introdução

O câncer esofágico, neoplasia maligna de prognóstico frequentemente desfavorável teve sua epidemiologia afetada pela pandemia de COVID-19, assim como diversas outras patologias. Este estudo busca evidenciar o panorama epidemiológico pós-pandemia.

Objetivo

Analisar taxas de mortalidade, internações e óbitos por câncer esofágico no Brasil, identificando disparidades demográficas.

Método

Estudo transversal descritivo utilizando dados do SIH/DATASUS para taxas de mortalidade, internações e óbitos no Brasil de 2023 a Junho de 2024. Os filtros incluíram região, faixa etária, raça, gênero e caráter de atendimento, com a análise dos dados realizada no Excel.

Resultados

A média nacional de mortalidade é de 16,42 mortes para cada 100 mil habitantes, variando regionalmente. Norte e Nordeste apresentam as taxas mais elevadas (18,35 e 18,18), enquanto o Sul registra a mais baixa (13,88). A mortalidade em atendimentos de urgência é duas vezes maior do que em atendimentos eletivos. As faixas etárias mais afetadas são de 70 a 79 anos (17,96) e acima de 80 anos (24,28). A mortalidade média masculina é maior que a feminina (16,81 contra 15,13), maiores taxas são observadas em pessoas pretas (17,78) e menores em brancas (15,68). Quanto às internações, o total foi de 26.567. A média de internações por 100 mil habitantes varia, com o Norte apresentando a menor taxa (4,553) e o Sul a maior (22,981). A maioria das internações (71,36%) ocorreu em caráter de urgência. A faixa etária predominante é de 60 a 69 anos (35,85%), chegando a 63,45% a partir de 60 anos. O sexo masculino representa 76,86% das internações. Em termos de cor/raça, 40,10% das internações envolveram pessoas brancas e 47,88% pardas. Referente aos óbitos, o total foi de 4.363. Os maiores números de óbitos foram observados no Sudeste (2149) e no Sul (955), o mais baixo ocorreu no Norte (145). A maioria dos óbitos (83,77%) ocorreu em atendimentos de urgência, e 3.999 (91,66%) foram em pessoas acima de 50 anos. Pardos representaram 48,86% dos óbitos (2.132), seguidos por brancos com 38,30% (1.671).

Conclusão

A alta mortalidade em atendimentos de urgência mostra a importância do cuidado preventivo. Portanto, é fundamental investir em prevenção e diagnóstico precoce. Além disso, os grupos que mostraram ser mais vulneráveis, como homens acima de 50 anos, demandam políticas públicas específicas para reduzir a mortalidade por essa patologia.

Área

Câncer Esofagogástrico

Autores

LUCAS GUSTAVO ARAUJO GUIMARÃES, Anderson da Silveira Gonçalves, Gustavo Vianna Raffo, Lucas Santos Garcez, Pedro Cravo Melo, Gustavo Gabriel de Oliveira, Henrique da Rocha Froncheti, Felipe Gropelli, Timóteo Moreira, Arthur Bertuol Maurer