Dados do Trabalho

Título

NEOPLASIA DE ESÔFAGO: UMA ANÁLISE DO NÚMERO DE CASOS NA REGIÃO SUL ENTRE 2013 E 2023.

Introdução

Desconsiderando os tumores de pele, o câncer de esôfago ocupa a 13ª posição entre os tipos de câncer mais frequente, é ainda a 3ª neoplasia mais comum do trato digestivo. No atual cenário brasileiro, observa-se que esse tipo de neoplasia teve um aumento significativo nos últimos anos, tendo em vista sua alta taxa de mortalidade, atrelado a um diagnóstico, na maioria, das vezes tardio o que acaba por corroborar sua relevância na saúde pública.

Objetivo

Analisar a prevalência dos casos de neoplasia maligna do esôfago na região Sul do Brasil no período de 2013 a 2023, identificando as principais características dos casos notificados.

Método

Trata-se de um estudo epidemiológico transversal e descritivo, por meio da análise dos dados públicos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referente a neoplasia do esôfago na região Sul, correlacionando as variáveis número de casos, faixa etária, sexo, modalidade terapêutica e tempo para início do tratamento no período de 2013 a 2023.

Resultados

No período estudado a região Sul mostrou ser a segunda mais afetada pela doença no país, sendo o Rio Grande do Sul o estado com o maior número de casos notificados. O número total de casos foi de 17.119, sendo 12.645 (74%) de homens e 4.474 (26%) de mulheres, sendo a faixa etária de 60 a 64 a mais atingida pela doença. Consoante à modalidade terapêutica a quimioterapia foi a mais utilizada com 7.911 casos, seguida de radioterapia com 4.611 casos, ademais a maioria dos casos notificados possuía tempo superior a 60 dias para início do tratamento.

Conclusão

Houve um aumento de 54% no número de casos de câncer de esôfago durante o período analisado na região sul, o estado do Rio Grande do Sul demonstra ter o maior número de casos. Além disso, o sexo mais acometido foi masculino e a faixa etária de maior incidência foi entre a sexta década de vida. A maior prevalência em homens pode ser explicada por fatores como tabagismo e consumo de álcool. A fim de melhorar o prognóstico é essencial o diagnóstico precoce na população mais acometida, assim é de suma importância implantar medidas preventivas de saúde pública nesse grupo alvo.