Dados do Trabalho


Título

NEOPLASIA MALIGNA PANCREÁTICA: ESTUDO RETROSPECTIVO INTERNAÇÕES HOSPITALARES ENTRE O PERÍODO DE 2012 - 2022 NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Introdução

A neoplasia maligna de pâncreas, usualmente, é diagnosticada em estágios avançados, o que torna o tratamento curativo limitado a poucos pacientes. Entre os critérios de irressecabilidade tumoral, destaca-se a invasão de vasos importantes e constatação de metástases à distância, restringindo a terapia curativa a poucos pacientes. Nesse sentido, é importante ressaltar que muitos pacientes evoluem com quadros de obstrução biliopancreática e periampular, com necessidade de internações hospitalares para terapêuticas paliativas do quadro, além de medidas de suporte geral ao paciente oncológico, como analgesia e terapias de nutrição.

Objetivo

Analisar o número de internações hospitalares, por município, por neoplasia maligna de pâncreas no Sistema Único de Saúde (SUS) entre os anos de 2012 a 2022 no Estado do Rio Grande do Sul e relacionar com características epidemiológicas.

Método

Estudo descritivo e retrospectivo sobre o número de internações hospitalares por neoplasia maligna de pâncreas entre os anos de 2012 – 2022, no Rio Grande do Sul. Os dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), pela ferramenta TABNET. As variáveis utilizadas foram número de internações, média de permanência, valor de serviços hospitalares, anos de competência, sexo, faixa etária. Para essa pesquisa não foi necessário aprovação do Comitê de Ética, pois trata-se de um estudo de banco de dados público.

Resultados

Notou-se que o Estado Rio Grande do Sul, entre o período de 2012 a 2022, apresentou o total de 12.828 internações hospitalares por neoplasia maligna de pâncreas. A média de permanência na internação (MP), a MP foi representada por 8,9 dias de permanência, por município, no Estado do Rio Grande do Sul e correspondendo ao total de R$20.776.746,60 em serviços hospitalares. A faixa etária dos pacientes que necessitaram internação foi, predominante, acima de 50 anos, correspondendo a 88,8% do total dos internados. Ademais, percebe-se que a discrepância em relação a internação e sexo dos pacientes é mínima, 0,1% do total a mais para o sexo masculino.

Conclusão

Percebe-se, por conseguinte, que o paciente oncológico portador de neoplasia pancreática requer cuidados hospitalares extensivos, especialmente, em quadros de obstrução biliopancreática, com evolução para síndrome colestática e, muitas vezes, necessidade de terapias de suporte nutricional, uma vez que a doença apresenta prognóstico extremamente reservado e elevadas taxas de mortalidade.

Área

Câncer Hepato-pancreato-biliar

Autores

LUIS GUSTAVO RAMOS RAUPP PEREIRA, Luísa Motter Comarú, Rafael Borislav Beal Welfer, Ana Júlia Xavier Cruz Soares , Nicolle Rodrigues Souza, Matheus Felipe Aquino Oliveira, Mirella Paim Wanderley, Larissa Roberta Negrão, Arthur Francisco Won Muhlen , Giovanna Barcellos Flores