Dados do Trabalho

Título

O papel da radioterapia na adjuvância do colangiocarcinomas

Introdução

O termo colangiocarcinoma é usado para designar cânceres do ducto biliar que surgem na árvore biliar intra-hepática, peri-hilar ou distal, excluindo a vesícula biliar e a ampola de Vater (Lowe, 2023). Esse tipo de tumor geralmente torna-se sintomático quando obstrui a drenagem biliar causando colestase. A doença geralmente apresenta um prognóstico desfavorável, sendo o tratamento fundamentado na remoção cirúrgica e adjuvância.

Objetivo

Este estudo tem como objetivo analisar o papel da radioterapia, quanto a sobrevida e qualidade de vida.

Método

Revisão de literatura abrangendo estudos sobre a radioterapia no colangiocarcinoma, publicados entre 2021 e 2024.

Resultados

Os colangiocarcinomas são responsáveis ​​por aproximadamente 3% de todas as malignidades gastrointestinais (Lowe, 2024). O prognóstico é normalmente avaliado em meses e a qualidade de vida dos pacientes deteriora rapidamente pelos sintomas causados pela colestase. Terapias locais não cirúrgicas, como a radioterapia (RT), podem ser usadas para prolongar o tempo até a falha local ou para paliar sintomas (Anderson, 2022). Segundo a American Cancer Society (2024), a radioterapia para o colangiocarcinoma pode ser dividida em dois tipos principais: externa, com aplicação de radiação em doses fracionadas à distância no órgão alvo, e braquiterapia, que emprega fontes de radiação interna. Três estudos indicam ganho de sobrevida com radioterapia adjuvante, incluindo uma metanálise (Choi, 2021) e duas revisões do National Cancer Database (Kamarajah, 2021), apontando um ganho de 3 a 7 meses de sobrevida.

Conclusão

O colangiocarcinoma representa um desafio significativo na prática clínica. A radioterapia adjuvante apresenta um ganho real de sobrevida e pode ser considerada para alguns pacientes.