Dados do Trabalho


Título

Internações Hospitalares por Neoplasia Maligna do Cólon no Sul brasileiro: uma análise regional das ocorrências entre 2019 e 2023.

Introdução

O câncer de cólon e reto abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon, no reto, que corresponde ao final do intestino imediatamente antes do ânus, e no ânus. É uma doença heterogênea, que se desenvolve predominantemente a partir de mutações genéticas em lesões benignas, como pólipos adenomatosos e serrilhados. Os sintomas do CCR são diversos e podem incluir alterações no hábito intestinal, dor abdominal, e sangramento retal. Na região Sul, essa neoplasia ocupa o terceiro lugar em frequência, o que ressalta a necessidade de estudos mais aprofundados sobre sua prevalência e estratégias de prevenção eficazes no contexto nacional.

Objetivo

Pretende-se verificar as internações hospitalares relacionadas a quadros de neoplasia maligna do cólon na população de diferentes idades do sudeste brasileiro.

Método

Trata-se de um estudo retrospectivo realizado com dados colhidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), relativos à internações por neoplasia maligna do cólon notificados entre os anos de 2019 a 2023. Foram incluídas notificações relativas a todas as faixas etárias da região sul do país e excluídas as notificações com ausência da informação de região da federação.

Resultados

Ao longo do período analisado, a região sul registrou um total de 96.264 internações por neoplasia maligna do cólon. A distribuição anual das internações mostra uma diferença significativa, com o número de casos aumentando de 17.657 em 2019 para 21.989 em 2023. A análise revelou que o estado do Paraná registrou um total de 49.743 (51,67%) internações com um aumento de 8.722 em 2019 para 12.149 em 2023, sendo a taxa mais elevada entre os estados observados. Santa Catarina foi o que apresentou o menor índice, um total de 19.312 (20,06%) internações com um aumento gradual de 3.734 em 2019 para 4.215 em 2023. O estado do Rio Grande do Sul contabilizou 27.209 casos, que corresponde a 28,26% do total, sendo o segundo maior estado do Sul com maior número de hospitalização.

Conclusão

Portanto, foi possível destacar que há uma tendência de crescimento em internações hospitalares por neoplasia maligna do cólon na população da região sul do país. Em suma, observou-se a liderança do Paraná nos casos de internação hospitalar por neoplasia maligna do cólon em todos os anos analisados, seguido pelo Rio Grande do Sul e por último Santa Catarina, com a menor taxa de hospitalização.

Área

Câncer Colorretal

Autores

BRUNA LASALA CIDRAL, LUMA BERTÃO OLIVEIRA, GUSTAVO LUIZ BEILER GIRARDI, PIETRA MARÇAL DOMINGUES LEITE, BRYSE BEATRIZ BOGO