Dados do Trabalho


Título

COMBINAÇÕES TERAPÊUTICAS PARA O TRATAMENTO DE C NCER GÁSTRICO AVANÇADO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Introdução

O câncer gástrico avançado (CGA) é desafiador devido à sua heterogeneidade e prognóstico desfavorável. A terapia combinada, incluindo quimioterapia, imunoterapia e terapias direcionadas, mostra potencial para melhorar resultados clínicos e qualidade de vida. O tratamento individualizado, guiado por biomarcadores, otimiza as terapias e reduz a toxicidade. A terapia neoadjuvante, administrada antes da cirurgia para reduzir o tumor, pode facilitar a ressecção. Novas modalidades oferecem perspectivas promissoras para a sobrevida.

Objetivo

Avaliar e evidenciar as principais combinações terapêuticas para o tratamento do CGA.

Método

Realizou-se uma revisão bibliográfica no PubMed com os descritores 'Stomach Neoplasms', 'Treatment', 'Neoadjuvant Therapy', 'Survival Analysis' e operadores booleanos AND e OR. Incluíram-se estudos em inglês, publicados entre 2017 e 2024, sobre terapias neoadjuvantes para câncer gástrico avançado. Excluíram-se artigos sobre outras neoplasias, pacientes em outros estágios e sem menção à neoadjuvância. Dos 247 artigos identificados, 11 foram incluídos conforme os critérios de inclusão e exclusão.

Resultados

O estadiamento do câncer gástrico (CGA) segue o sistema TNM, classificando-o de I a IV. Nos estágios I a III, a cirurgia é o tratamento preferencial, pois os tumores são ressecáveis. Em casos avançados, quimioterapia ou radioterapia são opções. A terapia neoadjuvante pode viabilizar a cirurgia se houver boa resposta. O padrão atual é quimioterapia neoadjuvante seguida de gastrectomia D2, mas não há protocolo universal para a sequência perioperatória. No CGA, terapias direcionadas com o anticorpo monoclonal trastuzumabe para doença HER-2 positiva e quimioterapia de primeira linha focando na redução tumoral mostraram aumento significativo na sobrevida global. A segunda linha, incluindo ramucirumabe com ou sem paclitaxel, é usada para controle da doença após falha do tratamento inicial. Diretrizes da National Comprehensive Cancer Network recomendam combinações de fluoruracila, platina e taxanos e, algumas clínicas, sugerem fluoropirimidina e platina. O tratamento é definido com base no tumor e no estado do paciente, incluindo avaliação da resposta patológica e progressão.

Conclusão

A abordagem deve ser personalizada, considerando detalhes individuais e resposta ao tratamento. Suporte contínuo e avaliação regular são essenciais para ajustar o tratamento, melhorando a qualidade de vida e maximizando a sobrevida dos pacientes.

Área

Câncer Esofagogástrico

Autores

ANNA THEREZA ROCHA PEREIRA, Layaly Ayoub Silva, Ana Clara Alcântara Siqueira, Thais Cezar Hepher