Dados do Trabalho


Título

Incidência da neoplasia maligna de esôfago no Brasil: uma análise epidemiológica dos últimos 10 anos

Introdução

O câncer de esôfago é um dos mais agressivos entre os que afetam o trato esofagogástrico, com diagnósticos e tratamentos evoluindo desde o final do século XIX. No Brasil, o SUS gerencia a doença com uma abordagem multidisciplinar, lidando principalmente com adenocarcinoma e carcinoma de células escamosas. Os sintomas principais incluem disfagia e odinofagia, dor torácica e emagrecimento. O câncer é classificado em quatro estágios, e atinge desde a mucosa até órgãos distantes. O tratamento varia conforme o estágio e pode incluir cirurgia, quimioterapia e terapias-alvo. Fatores predisponentes incluem, principalmente, estilo de vida.

Objetivo

Trata-se de um estudo epidemiológico que visa analisar a incidência da neoplasia maligna de esôfago (NME) nos últimos 10 anos no Brasil.

Método

Foram utilizados dados notificados de NME entre os anos de 2014 a 2024 no Brasil, presentes no TABNET, serviço de informação do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis analisadas foram faixa etária, sexo e região de acordo com os dados armazenados no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA).

Resultados

Os dados coletados demonstraram incidência de NME de 65.817 casos distribuídos por faixa etária, sexo e região entre janeiro de 2014 a agosto de 2024. A maior concentração de diagnósticos da doença está entre 55 a 69 anos de idade, totalizando 32.375 casos. Os homens representam 48.302 e as mulheres 17.515 casos no período analisado. Regionalmente, a maioria dos casos diagnosticados de NME concentra-se na região Sudeste 32.356 e na região Sul 16.497. Além disso, nota-se um aumento significativo de notificação da doença a partir de 2018, com destaque para o ano de 2021 com 7.819 casos.

Conclusão

Desta forma, é possivel identificar que a NME possui uma prevalência relevante no Brasil, com maior incidência no sexo masculino, na faixa etária de 55 a 69 anos. Além disso, destacamos que as regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores concentrações da doença, levando em consideração fatores ambientais, hábitos de vida e genética. Percebe-se também, que no ano de 2018 obtivemos um crescimento nos diagnósticos, refletido no auge de casos no ano de 2021. Portanto, estes dados são de suma importância para o direcionamento de políticas públicas de saúde, com enfoque na prevenção, diagnóstico e tratamento correto desta neoplasia.

Área

Câncer Esofagogástrico

Autores

EDNA LETICIA DE QUEIROZ DUARTE, Gabriella Borges Sidião, Stephanie Zarlotim Jorge, Dalciane Rodrigues de Souza, Izabela Dib Gomes, Josiane de Souza Bezerra, Gabriela Mendes Ibiapino, Sabrina Jutkoski , Thaís Pesqueira Rodrigues