Dados do Trabalho


Título

Panorama epidemiológico do câncer de cólon no estado de São Paulo nos últimos 5 anos

Introdução

O câncer colorretal, que acomete o cólon e o reto, é a neoplasia gastrointestinal mais prevalente e o terceiro tumor maligno mais frequente no mundo. Seu desenvolvimento está intimamente relacionado a fatores de risco, como hábitos de vida e condições ambientais. O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Contudo, há uma escassez de estudos brasileiros sobre a sobrevida dos pacientes com câncer colorretal. Assim, torna-se essencial realizar estudos epidemiológico no Brasil, especialmente em estados com altos índices de urbanização, para compreender melhor a dinâmica da doença e suas implicações na saúde pública.

Objetivo

O objetivo deste estudo é traçar um panorama do câncer colorretal no estado de São Paulo nos últimos 5 anos, destacando as tendências em incidência e mortalidade.

Método

Este estudo analisou dados epidemiológicos do DATASUS, de janeiro de 2019 a junho de 2024, focando na Neoplasia Maligna de Cólon. Os dados foram categorizados por sexo, faixa etária, cor/raça, internação, caráter de atendimento, estabelecimento e ano de notificação. A análise utilizou métodos descritivos e inferenciais para identificar tendências epidemiológicas.

Resultados

Entre 2019 e 2024, ocorreram 70.921 internações, sendo 58,71% de urgência e 41,29% eletivas. As taxas de mortalidade foram estáveis, com o pico em 2021 (12,12%) e o menor valor em 2019 (10,97%). No total, houve 8.140 óbitos, dos quais 65,76% foram de pessoas brancas, 20,36% de pardas, com as menores ocorrências entre indígenas (1) e amarelos (94). Não houve diferença significativa entre os sexos, com 50,15% dos falecidos sendo mulheres e 49,80% homens. A mortalidade foi proporcional à idade, com 0,03% óbitos na faixa de 10 a 14 anos e 15,99% entre os 80 anos ou mais.

Conclusão

O estudo sobre o câncer colorretal em São Paulo (2019-2024) revela um padrão de mortalidade estável, com a maioria das internações sendo de urgência e incidência maior em idosos. A mortalidade foi predominante entre a população branca e ocorreu uma distribuição semelhante entre homens e mulheres. A análise sugere a necessidade de estratégias de prevenção e rastreamento mais eficazes, além de uma melhor coleta de dados sobre características demográficas. Logo, a continuidade de pesquisas epidemiológicas é crucial para aprimorar o entendimento da doença e melhorar as políticas de saúde pública.

Área

Câncer Colorretal

Autores

EDNA LETICIA DE QUEIROZ DUARTE, Stephanie Zarlotim Jorge, Hugo Cordeiro da Silva, Pablo Lorran Pereira Santos, Beatriz Siqueira Honorato da Silva e Souza , Rodrigo Kfuri Carneiro, Roberta Caetano Ferreira de Oliveira, Vitória Rassi Mahamed Rocha, Samuel Fonseca Melo, Grazielle Suhett