Dados do Trabalho


Título

Avanços no Diagnóstico e Manejo das Neoplasias Mucinosas Papilares Intraductais do Pâncreas: Uma Revisão das Diretrizes Internacionais e Tecnologias Emergentes

Introdução

As neoplasias mucinosas papilares intraductais (IPMNs) do pâncreas são tumores císticos caracterizados pelo crescimento papilar do epitélio ductal e produção de mucina, levando à dilatação dos ductos pancreáticos. São classificadas em IPMN do ducto principal (MD-IPMN), do ducto ramificado (BD-IPMN) e tipo misto, com variados potenciais de malignidade. Avanços na ressonância magnética e ultrassonografia endoscópica (EUS), que permite biópsias por aspiração (EUS-FNA), auxiliam na detecção e acompanhamento. A decisão entre vigilância e cirurgia depende de fatores como tamanho do cisto e presença de nódulos murais.

Objetivo

Revisar o estado atual do diagnóstico e manejo das IPMNs, destacando as diretrizes internacionais mais recentes, os avanços em técnicas de imagem e o papel emergente de novas tecnologias no tratamento dessa neoplasia.

Método

Trata-se de uma revisão narrativa realizada através da análise de 10 artigos das bases de dados Medline, Scielo e BMC (BioMed Central), dos últimos 20 anos. Utilizaram-se os descritores "ipmn pancreatic", "diagnosis", "treatment" e “intraductal papillary mucinous neoplasms”

Resultados

A revisão de 10 estudos abordou métodos para diagnóstico e manejo de IPMNs, destacando a ressonância magnética e a EUS como técnicas principais. A tecnologia inovadora da endomicroscopia por confocal laser guiada por ultrassonografia (EUS-nCLE) mostrou maior precisão na estratificação de risco. Para tratamento, recomenda-se ressecção cirúrgica para MD-IPMN, enquanto BD-IPMN pode exigir cirurgia ou vigilância, conforme exames. Esses achados enfatizam a importância de abordagens individualizadas para reduzir operações desnecessárias e suas complicações.

Conclusão

Por fim, a revisão dos avanços no diagnóstico e manejo das neoplasias mucinosas papilares intraductais (IPMNs) do pâncreas ressalta a importância da detecção precoce e da abordagem personalizada no tratamento. As técnicas de imagem, como a ressonância magnética e a ultrassonografia endoscópica (EUS), têm sido cruciais, com a EUS-nCLE emergindo como uma inovação promissora para a estratificação de risco. Enquanto a ressecção cirúrgica é geralmente recomendada para IPMNs do MD-IPMN, o tratamento de IPMNs do BD-IPMN pode variar entre cirurgia e vigilância, dependendo dos achados. A integração dessas tecnologias e a aplicação de diretrizes atualizadas são essenciais para otimizar os resultados e minimizar intervenções desnecessárias.

Área

Câncer Hepato-pancreato-biliar

Autores

EDNA LETICIA DE QUEIROZ DUARTE, Luiza Neves Favero, Stephanie Zarlotim Jorge, Éllen Gabrielle Sales Vieira, Giovana Brito Costa , Marianna João Bacchi, Hanna Gabriela Bezerra de Macêdo Tinôco, Giovanna Soares Correa, Ester Cunha da Silva , Claudio Zambotti