Dados do Trabalho

Título

REVISÃO RETROSPECTIVA DE MORTALIDADE E NÚMERO DE ÓBITOS TOTAIS DECORRENTES DE NEOPLASIA MALIGNA DE FÍGADO E VIAS BILIARES INTRA-HEPÁTICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO ENTRE 2008 - 2023

Introdução

O enfrentamento das neoplasias malignas hepáticas e das vias biliares intra-hepáticas continua a ser um desafio significativo na prática clínica contemporânea. A crescente incidência e complexidade dessas patologias exigem uma análise aprofundada das tendências ao longo do tempo, fornecendo insights cruciais para estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os dados retrospectivos forma-se padrões de identificação emergentes, fatores influenciadores e possíveis elementos contribuidores para o aumento da incidência. Os resultados dos dados não devem ser avaliados de forma isolada, de modo que a correlação com outros cenários nacionais também é importante, visando à melhora na qualidade de diagnósticos.

Objetivo

Analisar o número de óbitos totais e taxa de mortalidade por munícipio por neoplasia maligna de fígado e vias biliares intra-hepáticas no Sistema Único de Saúde entre os anos de 2008 a 2023 no Estado de São Paulo e relacionar com características epidemiológicas.

Método

Estudo descritivo e retrospectivo sobre o número de óbitos totais e taxa de mortalidade por município por neoplasia maligna de fígado e vias biliares intra-hepáticas entre os anos de 2008 – 2023, no Estado de São Paulo. Os dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), pela ferramenta TABNET. As variáveis utilizadas foram número de óbitos, taxa de mortalidade, anos de competência, sexo, faixa etária e cor e raça. Para essa pesquisa não foi necessário aprovação do Comitê de Ética, pois trata-se de um estudo de banco de dados público.

Resultados

Demonstrou-se que no Estado de São Paulo no período de 2008 a 2023, apresentou o total de 9.097 óbitos por neoplasia maligna de fígado e vias biliares intra-hepáticas. Acerca da taxa de mortalidade (TM), a TM foi representada por 22,50 por município no Estado de São Paulo. A faixa etária dos pacientes que evoluíram com óbito foi, predominante, entre 50 e 79 anos, correspondendo a 77,9% do total de pacientes que faleceram. Ademais, destaca-se que há discrepância em relação a evolução ao óbito e sexo, uma vez que 57,8% que morreram eram do sexo masculino. Percebeu-se uma maior porcentagem de óbitos em pacientes brancos, equivalente a 62,0% do total de óbitos.

Conclusão

Conclui-se, a partir da analise dos dados supracitados, que o Estado de São Paulo obteve uma taxa de mortalidade moderada (15%-30%) e alerta-se a associação de maior acometimento na população senil, branca e, discretamente, maior no sexo masculino.