Dados do Trabalho
Título
Perfil epidemiológico de mortalidade por neoplasias malignas do esôfago e por neoplasias malignas da laringe no Rio Grande do Sul: uma análise comparativa dos últimos 4 anos
Introdução
A neoplasia maligna é um tumor derivado do crescimento anormal do número de células no organismo. O câncer de esôfago é uma neoplasia relativamente incomum e extremamente letal. Por outro lado, no Brasil, estudos apontam que a neoplasia maligna da laringe é considerada a que mais acomete a região da cabeça e do pescoço. Nos países desenvolvidos, a oferta e o sucesso de tratamentos são maiores, porém, nos que estão em desenvolvimento, o mesmo ainda não ocorre.
Objetivo
Analisar o perfil epidemiológico da mortalidade por neoplasias malignas do esôfago e neoplasias malignas de laringe no estado do Rio Grande do Sul, considerando os últimos 4 anos.
Método
Estudo epidemiológico descritivo, transversal e quantitativo, desenvolvido a partir de dados secundários obtidos do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS/MS). As variáveis analisadas foram unidade da federação, raça, sexo e faixa etária.
Resultados
No estado do Rio Grande do Sul, de 2020 a 2023, foram contabilizadas 1427 mortes por câncer de esôfago e de laringe. No que tange somente às neoplasias malignas do esôfago, foram registrados 1113 decessos (78%), sendo que, em relação ao sexo, tiveram 786 (70,6%) mortes do sexo masculino e 327 (29,4%) do feminino. A população de cor branca foi a que mais contabilizou óbitos, com 844 (75,8%), seguida pela de cor preta, com 96 (8,6%). No que concerne à faixa etária, o maior número de falecimentos se concentrou nos cidadãos entre 50 e 79 anos, com 905 (81,3%). Por outro lado, no que diz respeito às neoplasias malignas da laringe, foram calculados, nos últimos 4 anos, 314 (22%) óbitos no Rio Grande do Sul. O sexo masculino foi o que obteve o maior número de mortes, com 259 (82%), e a população branca também foi a raça que obteve maior quantidade de decessos de câncer de laringe, com 235 (74,8%). Ademais, registrou-se mais óbitos dessa neoplasia entre a população de 50 a 79 anos, com 266 (84,7%).
Conclusão
Diante do exposto, observa-se que, apesar de serem raras, as neoplasias do esôfago possuem alta mortalidade nos indivíduos do Rio Grande do Sul, especialmente na população branca, masculina e com idade de 50 a 79 anos. Ademais, percebe-se o mesmo padrão das variáveis para a mortalidade referente às neoplasias laríngeas. Sendo assim, infere-se a necessidade de ampliar os estudos acerca de tais neoplasias, a fim de melhorar as estratégias de prevenção e de manejo dessas.
Área
Câncer Esofagogástrico
Autores
SOFIA VOLPI, Riadylla Pitzr Fonseca Guimarães, Leticia Vitoria Mourão Meira Pereira, Gabriela Maria Vicente de Melo, Bruna Victoria Pires Machado