Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DE PÂNCREAS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL: RETRATO DE 5 ANOS

Introdução

A Neoplasia maligna do pâncreas é uma das mais comuns do trato gastrointestinal, sendo a terceira causa de morte relacionada a câncer nos Estados Unidos. No Brasil, essa patologia é a sétima neoplasia mais letal, com taxas de incidência que aumentam significativamente ao longo do tempo, tornando-o um desafio crescente para a saúde pública. Além disso, o diagnóstico desta condição é complicado devido à localização profunda do órgão e à presença frequente de hiperplasia e inflamação ao redor das lesões pancreáticas, o que dificulta a biópsia e a confirmação do diagnóstico.

Objetivo

Caracterizar o perfil de mortalidade por Neoplasia Maligna do Pâncreas na região Sudeste do país.

Método

Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo, utilizando dados do Departamento de Informações e Informática do SUS (DATASUS) no grupo dos indicadores de morbidade hospitalar, a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM. Foram incluídos no estudo indivíduos com óbito por Neoplasia maligna de esôfago (CID-10: C25) na região Sudeste do Brasil, de 2018 a 2022. As variáveis analisadas foram ano, faixa etária, sexo, cor/raça e escolaridade.

Resultados

No período analisado, a região Sudeste obteve 29.613 óbitos, que representa 49,83% do total registrado entre todas. Com foco na região, a maioria dos casos de óbito foram registrados em 2022 (n=6.278). Em relação à faixa etária, o maior índice de mortes foi em indivíduos com idade entre 60 a 79 anos, totalizando 16.502 (55,72%). Nos ambitos sexo e raça, verifica-se que a população do sexo faminino e cor branca apresentaram maiores índices de morte, totalizando, respectivamente, 15.161 (51,19%) e 19.667 (66,41%) registros. Referente à escolaridade, nota-se que a população com 8 a 11 anos de estudo foi a mais afetada, perfazendo 6.972 (23,54%) mortes. Em relação ao estado civil, 13.408 das pessoas falecidas eram casadas, o que representa 45,27% dos casos na região.

Conclusão

Considerando os dados apresentados e analisados, é crucial implementar políticas públicas voltadas para os grupos mais suscetíveis a esse câncer, especialmente devido à elevada taxa de mortalidade relacionada ao envelhecimento. Dessa forma, é fundamental priorizar investimentos na prevenção primária para reduzir os fatores de riscos, além de buscar medidas efetivas para o diagnóstico precoce.

Área

Câncer Hepato-pancreato-biliar

Autores

PAULO VICTOR MOURA RODRIGUES, Felipe Sales de Alencar, Gustavo Leal Daitx, Mateus Vilela Soares Campos Cunha, Caroline Martins Vieira, Fernanda Kauer Leffa