Dados do Trabalho
Título
CÂNCER DE PÂNCREAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ENTRE OS ANOS DE 2018 A 2022
Introdução
O câncer de pâncreas é uma das formas mais agressivas e letais das neoplasias, descrito como o desenvolvimento de células malignas no tecido pancreático. Devido a localização do órgão e a ausência de sintomas específicos nas fases iniciais, o câncer de pâncreas é frequentemente diagnosticado em estágios avançados, dificultando o tratamento. Dentre os fatores de risco estão tabagismo, obesidade, doença pancreática crônica, idade avançada, diabetes e etilismo.
Objetivo
Analisar o número total de óbitos e características clínicas de pacientes com diagnóstico de neoplasia maligna do pâncreas entre os anos de 2018 a 2022 no Estado do Rio Grande do Sul e relacionar com características epidemiológicas.
Método
Estudo descritivo e retrospectivo do número total de óbitos e características clínicas de pacientes com diagnóstico de neoplasia maligna de pâncreas entre os anos de 2018 – 2022, no no Estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), pela ferramenta TABNET. As variáveis utilizadas foram internações hospitalares, anos de competência, sexo, faixa etária e cor e raça. Para essa pesquisa não foi necessário aprovação do Comitê de Ética, pois trata-se de um estudo de banco de dados público.
Resultados
A partir dos dados analisados, constatou-se que no no Estado do Rio Grande do Sul, no período de 2018 a 2022, apresentou o total de 5.919 óbitos por neoplasia maligna de pâncreas. Em relação ao gênero, 3.021 pacientes eram do sexo feminino, representando 51,0 % do valor total, o que demonstra uma discreta prevalência maior comparada ao sexo masculino, que totalizou 2.897 pacientes inscritos. A faixa etária predominante dos pacientes analisados foi a partir de 65 anos, equivalente a 69,2% do total de pacientes que evoluíram com óbito. A cor/raça com maior número inscrito em óbitos por neoplasia maligna de pâncreas foi a raça branca, correspondendo a 88,0 % dos pacientes inscritos.
Conclusão
O câncer de pâncreas continua sendo um dos desafios da oncologia. No Rio Grande do Sul no período entre 2018 e 2022 foram registrados 5.919 óbitos, 51,0 % desses foram mulheres. A raça branca correspondeu a 88,0 % dos óbitos inscritos. A faixa etária predominantemente abordada foi a partir de 65 anos, com o equivalente de 69,2 % do total de pacientes que evoluíram com óbito. Portanto, observa-se a apresentação epidemiológica da neoplasia maligna de pâncreas no Estado do Rio Grande do Sul, a qual pode servir para politicas públicas.
Área
Câncer Hepato-pancreato-biliar
Autores
LUIS GUSTAVO RAMOS RAUPP PEREIRA, André Doneda, João Pedro Pires, Gabriela Dacampo, Eduarda Roani, Thais Bosio, Giovana Scussel, Ana Strapazzon, Larissa Roberta Negrão, Rafael Borislav Beal Welfer