Dados do Trabalho
Título
Perfil epidemiológico de mortalidade por neoplasias malignas do cólon, reto e ânus em idosos no Rio Grande do Sul: uma análise do período de 2013 a 2022
Introdução
As neoplasias malignas de cólon, reto e ânus ocupam a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil e no Rio Grande do Sul, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Nesse sentido, devem ser criadas políticas de saúde que diminuam a ocorrência dessas condições e a subsequente mortalidade, mediante fomento à prevenção primária e à secundária. Para tanto, requer-se análise epidemiológica de tais doenças, com enfoque nos grupos mais atingidos.
Objetivo
Avaliar o perfil de mortalidade por neoplasias malignas de cólon, reto e ânus em idosos no Rio Grande do Sul, entre 2013 e 2022, a partir da análise de sexo, faixa etária, raça e macrorregião de saúde.
Método
Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, transversal, retrospectivo, tendo como base informações do DATASUS. As variáveis analisadas foram: sexo, faixa etária, raça/cor e macrorregião de saúde.
Resultados
No Rio Grande do Sul, foram registrados 17.990 óbitos por neoplasias malignas do cólon, reto e ânus. Desse total, 16.474 eram pessoas acima de 50 anos. Ademais, a faixa etária com mais óbitos era de 70 a 79 anos, com 5.028 pessoas. Quanto ao sexo, notou-se prevalência discretamente maior de mortalidade no sexo masculino, com 8.292 (50,33%). A raça/cor branca foi predominante na quantidade de óbitos por neoplasias colorretais e anais, com 14.634 (88,83%). Percebe-se também um padrão levemente crescente na quantidade de óbitos por ano, não havendo impacto considerável pela pandemia do COVID-19. Nesse sentido, o menor número de óbitos foi de 1.379 pessoas em 2013, e o maior foi 1.853 em 2021. É interessante, por fim, destacar que a macrorregião metropolitana obteve a maior concentração de óbitos entre as 7 macrorregiões de saúde do Rio Grande do Sul, contabilizando 7.042 (42,74%).
Conclusão
Este estudo demonstra que as neoplasias de cólon, reto e ânus constituem um importante problema em saúde para a população no Rio Grande do Sul, destacando-se idosos entre 70 e 79 anos com maior índice de mortalidade. Dessa forma, explicita-se a necessidade do diagnóstico precoce dos cânceres, visto que a OMS recomenda o rastreamento de câncer colorretal para pessoas acima de 50 anos. Para tanto, são necessárias intervenções de conscientização sobre exames de rotina como, por exemplo, exames de sangue e disponibilização de recursos humanos e físicos para a realização especialmente de colonoscopias em toda a região, a fim de que ocorra o diagnóstico precoce e o início do tratamento.
Área
Câncer Colorretal
Autores
GIOTWO ANGIOLOTTO AZEVEDO DE MEDEIROS, Isadora Terribile Patsch, Camile Glanert Tecchio, Edson Orival Rodrigues Neto, Eduarda da Cunha Policarpo, Gabriel Czadotz Martins