Dados do Trabalho
Título
MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DE CÓLON NO ESTADO DE SÃO PAULO: ANÁLISE DESCRITIVA DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
Introdução
A Neoplasia Maligna do cólon é uma doença comum e letal, com cerca de 151.030 casos diagnosticados anualmente nos Estados Unidos. A maioria significativa dos tumores malignos no cólon são carcinomas, principalmente adenocarcinomas, representando mais de 90% dos casos. A agressividade dessa neoplasia é ampliada pelo seu desenvolvimento silencioso, o que leva a um diagnóstico muitas vezes tardio e dificulta seu tratamento. O acompanhamento médico regular e a conscientização sobre os sintomas são essenciais para a detecção precoce e o manejo eficaz desse tipo de câncer.
Objetivo
Analisar e descrever o perfil de mortalidade por Neoplasia Maligna do Cólon no Estado de São Paulo.
Método
Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo, utilizando dados do Departamento de Informações e Informática do SUS (DATASUS) no grupo dos indicadores de estatísticas vitais, a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM. Foram incluídos no estudo indivíduos com óbito por Neoplasia Maligna do Cólon no Estado de São Paulo, de 2013 a 2022. As variáveis analisadas foram município de ocorrência, faixa etária, sexo, cor/raça e escolaridade.
Resultados
No período proposto, observa-se um n= 37.539. A capital São Paulo, liderou em número de óbitos, contabilizando 11.941 (31,80%). Em respeito a faixa etária, a maior taxa de mortalidade ocorreu em indivíduos com idade superior a 60 anos, totalizando 28.436 (75,75%). No que diz respeito às variáveis sexo e cor/raça, observa-se que a população do sexo feminina e de cor branca registrou uma proporção significativa de mortes, com 19.060 (50,77%) e 28.491 (75,89%) dos casos, respectivamente. Além disso, indivíduos com escolaridade de 8 a 11 anos também foram mais afetados, totalizando 8.366 óbitos (22,28%).
Conclusão
Nos dados obtidos, o perfil de mortalidade por essa patologia é composto por mulheres, residentes da capital São Paulo, brancas, com 60 anos ou mais, e 8 a 11 anos de estudo. Assim, urge a implementação de políticas públicas de prevenção primária voltadas para esse grupo.
Área
Câncer Colorretal
Autores
PAULO VICTOR MOURA RODRIGUES, FELIPE SALES DE ALENCAR, GUSTAVO LEAL DAITX, MATEUS VILELA SOARES CAMPOS CUNHA, Caroline Martins Vieira, Fernanda Kauer Leffa