Dados do Trabalho
Título
Abordagem de um paciente com adenocarcinoma de transição esôfago-gástrica Siewert III por laparoscopia
Introdução
O manejo dos tumores de transição esôfago gástrica por via minimamente invasiva é sempre desafiador. A definição da real extensão da doença e consequentemente qual a melhor cirurgia nem sempre é possível pré operariamente. Além disso, a reconstrução pós gastrectomia total com esofagectomia distal costuma ser trabalhosa por laparoscopia.
Objetivo
Relatar o manejo de um paciente com adenocarcinoma de TEG, com tratamento peri operatório, laparoscopia estadiadora e tratamento cirúrgico com gastrectomia total com esofagectomia distal e linfadenectomia D2, com reconstrução em Y de Roux, por laparoscopia.
Método
Estadiamento foi realizado com tomografia e laparoscopia, cT3N+. Tratamento peri operatório com FLOT e pembrolizumab. Realizado gastrectomia total com esofagectomia distal e linfadenectomia retroperitoneal D2. Feito confirmação da topografia correta do tumor, iniciando-se a dissecção pela transição esôfago gástrica. A partir daí então ligado os vasos gastro epiplóicos direitos, gástricos direitos e feito seccao duodenal. A linfadenectomia foi em bloco com a peça. Mobilização completa do estômago e do esôfago abdominal. Secção do esôfago abdominal e congelação da margem, a qual foi negativa para neoplasia.
Passado ao tempo da reconstrução. Feito anastomose esôfago jejunal termino lateral com grampeador linear. O fechamento da brecha do grampeador é com fio farpado em dois planos. A dica aqui é a passagem de uma sonda de Fouchet pela anastomose, o que favorece a apresentação da mesma na hora da sutura.
A cirurgia termina com a entero entero anastomose, septacao do jejuno e conclusão do Y de Roux. Testamos com azul de metileno e drenamos a cavidade de rotina.
Resultados
Paciente apresentou boa evolução, iniciado agua via oral no primeiro dia dos operatório, dieta liquida no terceiro dia e alta hospitalar no sexto dia, sem dreno e com dieta pastosa.
O anátomo patologico revelou um adenocarcinoma moderadamente diferenciado, pT3N3a, com 14 em 55 linfonodos dissecados. Escore de resposta 3 (sem resposta).
Conclusão
Apesar de difícil, o tratamento dos tumores Siwert III é factível por laparoscopia. Atenção deve ser dada de início para definição da localização e cirurgia proposta. O uso da sonda de Fouchet e do fio farpado ajudam o sucesso da anastomose.
Vídeo
https://youtu.be/mAoCSX3Lhgw
Área
Câncer Esofagogástrico
Autores
EDUARDO ZANELLA CORDEIRO, RODRIGO BARETTA, CARLA ALLONA BASLESTEROS PORPRIGUINA, DAYARA SALES SCHEIDT, MARILIA ANTUNES DE OLIVEIRA