Dados do Trabalho
Título
PAINEL ONCOLÓGICO DE CÂNCER DE CÓLON NO BRASIL NA ÚLTIMA DÉCADA (2013 - 2023)
Introdução
O número de casos de câncer de cólon no Brasil vem aumentando nos últimos anos, excluindo o câncer de pele, ele é o terceiro tumor maligno em incidência nos homens e segundo nas mulheres. O tumor acomete mais comumente pessoas negras, acima dos 50 anos, e que residem em países industrializados. Conhecemos os principais fatores de risco para essa doença, a idade e história familiar são os mais importantes, pacientes com diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais têm incidência aumentada do tumor, além disso, fatores ambientais contribuem de maneira importante para seu surgimento, como a ingestão de gordura animal, tabagismo, etilismo e obesidade.
Objetivo
Analisar o número de casos e características epidemiológicas de neoplasia maligna de cólon no Sistema Único de Saúde (SUS) entre os anos de 2013 a 2023 no Brasil e relacionar com características epidemiológicas.
Método
Estudo descritivo e retrospectivo sobre os casos por neoplasia maligna de cólon entre os anos de 2013 – 2023, no Brasil. Os dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), pela ferramenta TABNET. As variáveis utilizadas foram número de casos, anos de competência, região, sexo, faixa etária, modalidade terapêutica e estadiamento. Para essa pesquisa não foi necessário aprovação do Comitê̂ de Ética, pois trata-se de um estudo de banco de dados público.
Resultados
Constatou-se que o Brasil, no período de 2013 a 2023, apresentou o total de 173.806 casos de neoplasia maligna de cólon. A região Sudeste apresentou a maior parte dos casos do país, correspondendo a 48,5% do total dos casos, seguida da região Sul, que representou 26,8% dos diagnósticos nacionais inscritos. A faixa etária predominante dos pacientes foi entre 40 a 69 anos, equivalente a 64,5 % do total. Destaca-se que 51,9% dos pacientes eram do sexo feminino e 48,1% dos pacientes eram do masculino, apresentando uma leve discrepância entre os sexos. Em relação às modalidades terapêuticas, a quimioterapia apresentou recorde de registro, com 59,9% das inscrições, seguida de cirurgia abordada em 39,5% dos casos. Ao nível do estadiamento, destacaram-se o estágio IV, em 44,4% casos, seguido do III, em 33,9% pacientes, como os principais níveis destacados.
Conclusão
Portanto, conhecer o panorama do câncer de cólon no nosso país é fundamental, tanto para entendermos a importância das mudanças de estilo de vida do paciente frente aos fatores de risco modificáveis, quanto ao reforço da necessidade de rastreio dessa neoplasia.
Área
Câncer Colorretal
Autores
LUIS GUSTAVO RAMOS RAUPP PEREIRA, Arthur Francisco Won Muhlen , Giovanna Barcellos Flores , Raíssa Santos Copatti, Anelize Schuster Zagonel , Maria Laura Lima Vargas, Rafael Borislav Beal Welfer, Caroline Quadros Hackenhaar , Matheus Alberto Cella, Ana Júlia Xavier Cruz Soares