Dados do Trabalho


Título

NEOPLASIA MALIGNA DE ESÔFAGO: ANÁLISE DO NÚMERO DE INTERNAÇÕES E DE CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS ENTRE O PERÍODO 2008 - 2023 NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Introdução

A neoplasia maligna de esôfago é uma doença cuja epidemiologia revela ser multifatorial e extremamente letal. Histologicamente, existem dois tipos de neoplasias malignas de esôfago: carcinoma de células escamosas (CEC) e adenocarcinoma, mais frequente no terço distal. Os fatores de risco para o CEC são associados ao tabagismo, alcoolismo, acalasia, sexo masculino e raça negra. Já o adenocarcinoma é associado à DRGE, esôfago de Barret, obesidade, sexo masculino e raça branco. Destaca-se o quadro de disfagia progressiva, acompanhada de perda de peso, regurgitação, odinofagia, anemia crônica e em certos casos, a sintomatologia pode evoluir com dispneia, tosse e rouquidão. Dessa forma, pacientes com essa sintomatologia associados aos fatores de risco devem ser submetidos ao rastreio da doença, a fim de estabelecer um diagnóstico precoce, o que viabiliza terapias curativas.

Objetivo

Analisar o número de internações hospitalares e características epidemiológicas de neoplasia maligna de esôfago entre os anos de 2008 a 2023 no Rio Grande do Sul.

Método

Estudo descritivo e retrospectivo sobre as internações hospitalares por neoplasia maligna de esôfago entre os anos de 2008 – 2023, no Rio Grande do Sul. Os dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), pela ferramenta TABNET. As variáveis utilizadas foram internações hospitalares, anos de competência, sexo, faixa etária e cor/raça. Para essa pesquisa não foi necessário aprovação do Comitê de Ética, pois trata-se de um estudo de banco de dados público.

Resultados

Evidenciou-se que no Estado do Rio Grande do Sul, no período de 2008 a 2023, apresentou o total de 31.678 internações hospitalares por neoplasia maligna de esôfago. Em relação ao gênero, 22.962 pacientes eram do sexo masculino, representando 72,4% do montante total, o que demonstra uma prevalência maior comparada ao sexo femenino, que totalizou 8.716 pacientes inscritas. A faixa etária predominante das pacientes analisadas foi entre 50 a 79 anos, equivalente a 82,4% do total de pacientes. A cor com maior número inscrito foi a cor/raça branca, correspondendo a 63,8 % dos pacientes inscritos.

Conclusão

É evidente que, no Rio Grande do Sul, o câncer de esôfago apresenta um importante impacto na saúde dos pacientes. Logo, é preciso incentivar o rastreamento precoce, por meio da EDA, principalmente em pacientes sujeitos aos fatores de risco, para o diagnóstico rápido, viabilizando as terapias curativas.

Área

Câncer Esofagogástrico

Autores

LUIS GUSTAVO RAMOS RAUPP PEREIRA, Júlhia Spuldaro Rabuske Spuldaro Rabuske, Arthur Francisco Won Muhlen, Giovanna Barcellos Flores, Matheus Felipe Aquino Oliveira, Larissa Roberta Negrão, Micael Guzzon, Eduarda Alberti Lopes Silva, Manuela Resener Spagnol, Mirella Paim Wanderley