Dados do Trabalho
Título
PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DE CÂNCER DE ÂNUS E CANAL ANAL NO BRASIL NA ÚLTIMA DÉCADA
Introdução
O câncer anal é considerado raro na população, sendo menos de 1% da totalidade dos cânceres e apenas 2% dos gastrointestinais, mas que vem aumentando a prevalência. O principal subtipo é o epidermóide, cerca de 80% dos casos , e é mais incidente em pacientes do sexo feminino, predominando em idades acima dos 65 anos. Os sintomas apresentados são hematoquezia, prurido, presença de massas, úlceras e dor. Os fatores de riscos são a infecção pelo HPV (em 85% dos casos), infecção por HIV, prática de sexo anal, número de parceiros sexuais, tabagismo, sexo feminino e faixa etária. O tratamento varia em cada caso e com o estadiamento do tumor, podendo ser consideradas alternativas com quimioterapia, radioterapia e cirurgia
Objetivo
Analisar características epidemiológicas de câncer de ânus e canal anal entre os anos de 2013 a 2023 no Brasil e relacionar com características epidemiológicas.
Método
Estudo descritivo e retrospectivo sobre os casos de câncer de ânus e canal anal entre os anos de 2013 – 2023, no Brasil. Os dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), pela ferramenta TABNET. As variáveis utilizadas foram número de casos, anos de competência, região, sexo, faixa etária, modalidade terapêutica e estadiamento. Para essa pesquisa não foi necessário aprovação do Comitê de Ética, pois trata-se de um estudo de banco de dados público.
Resultados
Relatou-se que no Brasil, no período de 2013 a 2023, apresentou o total de 18.359 casos de câncer de ânus e canal anal. A região Sudeste apresentou a maior parte dos casos do país, correspondendo a 44,6% do total, seguida da região Nordeste, que representou 22,1% dos diagnósticos. A faixa etária predominante foi entre 40 a 69 anos, equivalente a 68,9 % do total de pacientes. Destaca-se que 67,0% das pacientes eram do sexo feminino e 32,9% dos pacientes eram do sexo masculino, apresentando uma importante discrepância entre os sexos.Em relação às modalidades terapêuticas realizadas, radioterapia apresentou recorde de registro, com 46,0% das modalidades inscritas, seguida da cirurgia abordada em 39,7% dos casos. Ao nível do estadiamento, destacaram-se quantitativamente o estágio III, em 47,4% casos, seguido do II, em 27,6%.
Conclusão
A prevenção de câncer de canal anal e ânus é necessária, atentando-se aos fatores de risco e a suspeita clínica, visto que apresenta um grande impacto na saúde dos pacientes a nível global. Deve-se, portanto, alertar os fatores de risco também à comunidade.
Área
Outros e Miscelânea
Autores
LUIS GUSTAVO RAMOS RAUPP PEREIRA, Luísa Motter Comarú Motter Comarú, Eduarda Alberti Lopes Silva , Mirella Paim Wanderley, Maria Laura Lima Vargas, Matheus Felipe Aquino Oliveira , Manuela Resener Spagnol, Micael Guzzon , Larissa Roberta Negrão , Rafael Borislav Beal Welfer