Dados do Trabalho
Título
NEOPLASIA MALIGNA DE INTESTINO DELGADO: ESTUDO NACIONAL DE CASOS E RELAÇÃO AO PERFIL CLÍNICO E TERAPÊUTICO ENTRE O PERÍODO 2013 - 2023
Introdução
Tumores do intestino delgado não são comuns, correspondem a 0,5% de todas as neoplasias. A maioria dos pacientes tem mais de 40 anos, e os homens costumam ser mais acometidos que as mulheres. O quadro clínico é inespecífico, dificultando a suspeita clínica e atrasando o diagnóstico, que raramente é feito antes da cirurgia.
Objetivo
Analisar o número de casos e características epidemiológicas de neoplasia maligna de intestino delgado no Sistema Único de Saúde (SUS) entre os anos de 2013 a 2023 no Brasil e relacionar com características epidemiológicas.
Método
Estudo descritivo e retrospectivo sobre os casos por neoplasia maligna de intestino delgado entre os anos de 2013 – 2023, no Brasil. Os dados foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), pela ferramenta TABNET. As variáveis utilizadas foram número de casos, anos de competência, região, sexo, faixa etária, modalidade terapêutica e estadiamento. Para essa pesquisa não foi necessário aprovação do Comitê de Ética, pois trata-se de um estudo de banco de dados público.
Resultados
A partir dos dados analisados, constatou-se que no Brasil, no período de 2013 a 2023, apresentou o total de 11.992 casos de neoplasia maligna de intestino delgado. Em relação ao gênero, 6.132 pacientes eram do sexo feminino e 5.860 pacientes eram do sexo masculino, apresentando uma leve discrepância entre os sexos. A faixa etária predominante das pacientes analisadas foi entre 40 a 69 anos, equivalente a 62,8 % do total de pacientes. A região Sudeste apresentou a maior parte dos casos do país, correspondendo a 47,7% do total dos casos, seguida da região Sul, que representou 24,9% dos diagnósticos nacionais inscritos. Em vista às modalidades terapêuticas realizadas, que abrangia as formas de intervenções cirúrgicas, radioterapias e quimioterapias, a terapia cirúrgica apresentou recorde de registro, com 57,3% das modalidades inscritas, seguida da modalidade de quimioterapia abordada em 37,4% dos casos. Ao nível do estadiamento, destacaram-se quantitativamente o estágio IV, em 55,1% casos, seguido do estágio III, em 22,7% pacientes, como os principais níveis destacados.
Conclusão
O estudo ratifica que a principal faixa etária acometida é da quarta década em diante, e que o diagnóstico se revela em estágios mais avançados. No entanto, revela o aumento de casos entre as mulheres. Destaca-se a importância do tratamento cirúrgico por seu potencial curativo, especialmente quando associado ao tratamento quimioterápico.
Área
Neoplasias Raras
Autores
LUIS GUSTAVO RAMOS RAUPP PEREIRA, Raíssa Santos Copatti , Matheus Felipe Aquino Oliveira , Ana Júlia Xavier Cruz Soares, Matheus Alberto Cella , Luísa Motter Comarú, Giovanna Barcellos Flores , Arthur Francisco Won Muhlen, Júlhia Spuldaro Rabuske, Caroline Quadros Hackenhaar