Dados do Trabalho
Título
ESOFAGECTOMIA A MCKEWON MINIMAMENTE INVASIVA POS TRATAMENTO NEOADJUVANTE COM ESQUEMA CROSS
Introdução
A via minimamente invasiva mudou a historia da cirurgia do câncer de esôfago. Especialmente o tempo torácico por toracoscopia mudou radicalmente para melhor as taxas de morbidade. A realização do tempo abdominal por laparoscpopia favorece ainda mais a recuperação e os resultados operatórios imediatos, sem prejuízo oncológico.
Objetivo
Relatar em vídeo o caso de um paciente masculino com CEC de esôfago distal, submetido a tratamento neoadjuvante, e na sequencia esofagectomia minimamente invasiva a McKewon.
Método
O paciente foi tratado neoadjuvancia aos moldes do CROSS trial. A cirurgia foi feita 11 semanas após. A anestesia foi geral combinada com peridural e cateter. Abordamos o tórax por toracoscopia. Usamos intubação seletiva e pneumotórax em 8mmHG. Utilizamos 3 trocateres. A dissecção começa no andar inferior. O pericárdio é o limite anterior. Inferiormente dissecamos o pilar diafragmático. Realizado linfadenectomia peri aórtica e peri esofágica, e o ducto torácico é removido. A veia ázigos é dissecada e ligada com grampeador e carga vascular. No mediastino superior, os linfonodos para traqueiais altos e baixos são removidos, assim como os peri brônquicos, da artéria pulmonar e infra-carinal.
Em decúbito ventral procedemos com o tempo abdominal. A colocação dos trocáteres é em “sorriso”. O estomago é mobilizado pela grande curvatura, preservando a arcada gastro epiplóica direita. Os vasos curtos são ligados. A linfadenectomia retroperitoneal é realizada. Isolamos o esôfago cerical, que é seccionado e suturado a uma sonda. Tracionando o esôfago pelo abdome, trazemos a peça, que é retirada ampliando-se um dos portais. Confeccionamos o tubo gástrico fora do abdome e devolvemos à cavidade abdominal. O “neo esôfago “ é levado até a região cervical guiado pela sonda. A operação termina com anastomose cercvical esôfago gástrica
Resultados
O tempo torácico durou 2 horas, com 5h 30’ de tempo total. Sangramento estimado de 50ml. Paciente foi extubado ao termino da cirurgia. Dieta enteral foi iniciada no primeiro dia pós operatório, e dieta liquida no terceiro. No quarto dia fez quadro de pneumonia, tratada com antibiótico e sem necessidade de IOT. Não apresentou fistula. Recebeu alta no 11.o dia com dieta pastosa. O anátomo patológico revelou um adenocarcinoma T2N0.
Conclusão
A evolução das técnicas cirúrgicas, especialmente a toracoscopia, revolucionou a cirurgia esofágica, e uma equipe bem treinada é capaz de reproduzir os resultados alcançados nos melhores centros.
Vídeo
https://youtu.be/Ab3rlLKHHWo
Área
Câncer Esofagogástrico
Autores
EDUARDO ZANELLA CORDEIRO, RODRIGO BARETTA, CARLA ALLONA BALLESTEROS POPRIGUINA, DAYARA SALES SCHEIDT, MARILIA ANTUNES DE OLIVEIRA