Dados do Trabalho


Título

SISTEMATIZAÇÃO DA LINFADENECTOMIA MEDIASTINAL NO CÂNCER DE ESÔFAGO POR TORACOSCOPIA

Introdução

A via minimamente invasiva mudou a historia da cirurgia do câncer de esôfago. A realização do tempo torácico por toracoscopia mudou radicalmente para melhor as taxas de morbidade, especialmente pulmonar. A padronização técnica e centralização do tratamento parecem melhorar os resultados.

Objetivo

Relatar em vídeo a sistematização do tempo torácico que empregamos na linfadenectomia mediastinal para tratamento do câncer de esôfago.

Método

Paciente masculino de 54 anos, com adenoarcinoma de esôfago distal e submetido a tratamento neoadjuvante com esquema CROSS. A cirurgia foi realizada 6 semanas após.A técnica que utilizamos é com o paciente em posição prona, entubação seletiva e pneumotórax calibrado em 8mm Hg. Essa posição proporciona ampla exposição do mediastino. Começa-se a dissecção pelo mediastino inferior, infra-carinal, abrindo a pleura mediastinal anterior. Continuamos a disseccao seccionando o ligamento pulmonar, e seguimos caudalmente até o hiato diafragmático.
Procedemos com remoção dos linfonodos peri esofágicos, utilizando o pericárdio como limite anterior, estabelecendo uma ampla janela, até a pleura mediastinal esquerda. Somente após completa dissecção anterior partimos para dissecção da veia ázigos e a dissecção aorto esofágica. Realizamos abertura da pleura junto da aorta, mobilizando o esôfago em relação à mesma, selando os pequenos vasos arteriais com pinça de energia, e fazendo a linfadenectomia dos linfonodos periáorticos.
Sistematicamente ligamos o ducto torácico na sua emergencia no mediastino inferior. Após completar a linfadenectomia infra-carinal e realizar a mobilização circunferencial do esôfago, partimos para a linfadenectomia supra-carinal. Secionamos a veia ázigos com endogrampeador e carga vascular.
Dissecamos os linfonodos para-traqueais superiores (cadeia 2) e inferiores (cadeia 4). Prosseguimos com a dissecção peribrônquica, subaórtica e da janela aorto-pulmonar. Neste caso, realizamos a dissecção dos linfonodos infra-carinais (cadeia 7) em separado. Procedemos com o tempo abdominal e esofagogastroplastia com anastomose cervical.

Resultados

O anátomo patológico revelou um adenocarcinoma ypT1N0 (0/23). O paciente foi extubado em sala. Começou dieta enteral no PO2 e oral no PO5. Alta da UTI no PO3 e alta hospitalar no PO9. Sem fístula ou disfonia.

Conclusão

A esofagectomia em posição prova permite ampla exposição do mediastino para uma linfadenectomia oncológica, com vantagens de reduzir as compliações pulmonares e o tempo de internaçao

Vídeo

https://youtu.be/JkMJZ6OVMDM

Área

Câncer Esofagogástrico

Autores

EDUARDO ZANELLA CORDEIRO, RODRIGO BARETTA, CARLA ALLONA BALLESTEROS POPRIGUINA, DAYARA SALES SCHEIDT, MARILIA ANTUNES DE OLIVEIRA