Dados do Trabalho

Título

EFICÁCIA ENTRE TRATAMENTO COM QUIMIOTERAPIA E CUIDADO PALIATIVO EXCLUSIVO PARA O CÂNCER DE ESTÔMAGO NA POPULAÇÃO IDOSA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

Introdução

O câncer de estômago é uma preocupação global. Essa neoplasia maligna representa a segunda causa de morte entre os cânceres no mundo. No Brasil, ocupa o terceiro lugar na incidência entre homens e quinto lugar entre as mulheres. A maior prevalência se dá em homens na faixa etária dos setenta anos, salientando-se que cerca de 65% dos pacientes diagnosticados têm mais de 50 anos. Devido a esses fatores, é de suma importância pesquisar qual a melhor forma de tratamento e qual será a mais eficaz, de acordo com a idade do paciente, para avaliar a expectativa de vida e sobrevida do paciente geriátrico, especialmente ao considerar que o país encontra-se em transição demográfica e, por conseguinte, espera-se maior longevidade.

Objetivo

Analisar publicações atuais e correlacioná-las para compreender estratégias que aumentem a expectativa de vida em pacientes idosos com câncer esofágico.

Método

Revisão integrativa de literatura, com análise de 22 artigos, utilizando-se o banco de dados UpToDate. Utilizou-se descritores de busca quanto aos dados da eficácia do tratamento de quimioterapia e cuidado paliativo exclusivo em pacientes idosos com câncer de estômago

Resultados

Os dados sobre o desfecho da quimiorradioterapia em pacientes idosos, acima de 70 anos, com câncer de estômago avançado (estadios III e IV) são deficitários. Cumpre salientar, entretanto, que as pesquisas demonstram grande descontinuação do tratamento (mais 60% dos casos). Identifica-se expectativa de vida de mais de dois anos em 35% dos pacientes que apresentavam esse câncer em estado metastático e que aderiram ao tratamento de quimioterapia. Em contrapartida, constata-se expectativa de vida superior a um ano em apenas 16% dos pacientes em cuidados paliativos exclusivos, demonstrando-se aumento na sobrevida com terapêutica quimioterápica.

Conclusão

Entende-se a necessidade do estabelecimento de maior quantidade de estudos que comprovem a eficácia de cada um dos tratamentos supracitados. A maior parte dos estudos apresenta discussões sobre cada um dos tratamentos, entretanto não se compara a sobrevida entre eles, restringindo-se os idosos em apenas um grande grupo, alheio à faixa etária. Devido à transição demográfica do Brasil para a quarta fase e a incipiência de dados, ressalta-se a importância da construção de estudo comparativo entre os tratamentos elencados com vistas à definição de terapêuticas mais acertadas para a faixa etária e para as comorbidades dos pacientes.