Dados do Trabalho
Título
Uma análise dos progressos recentes e perspectivas futuras no tratamento do câncer gástrico
Introdução
O câncer gástrico possui alta morbimortalidade. A antiga classificação dificultava o diagnóstico, prognóstico e previsão de resposta terapêutica. Avanços recentes no tratamento revolucionaram a abordagem terapêutica, como quimioterapia direcionada a imunoterapias, junto à ressecção cirúrgica. A identificação do microambiente tumoral aprimorou a estratificação de risco e decisões de tratamento. Inibidores do ponto de verificação imunológicos (ICIs) emergem como promissora modalidade terapêutica.
Objetivo
Analisar as evidências sobre os avanços no tratamento do CG, considerando a disseminação global e desafios associados.
Método
Revisão narrativa na base de dados Pubmed. Utilizou-se os descritores: "gastric cancer”,“ treatments” e “progress” e aplicado o filtro de “últimos 5 anos”, “free full text”, “clinical trial”, “randomized controlled trial” e “systematic review”. A busca resultou em 286 artigos, sendo selecionados 10 artigos.
Resultados
A terapia neoadjuvante/perioperatória apresenta eficácia em neoplasias ressecáveis, possibilitando uma administração completa da terapia sistêmica e redução do tamanho do tumor. A monoterapia com ICIs não revelou superioridade comparada à quimioterapia citotóxica. Agentes citotóxicos demonstraram atividade no CG avançado, visando controle sintomático e prolongamento da vida. A quimioterapia tripla para CG ressecável é agora aceita e pode representar um patamar de quimioterapia citotóxica padrão para doença localizada. A classificação do câncer gástrico baseada em subtipos moleculares é uma oportunidade para terapia personalizada. Biomarcadores, como instabilidade de microssatélites (MSI), ligante de morte celular programada 1 (PD-L1) e receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2), permitiram identificar populações mais prováveis de se beneficiar da imunoterapia e da terapia direcionada.
Conclusão
A classificação molecular é promissora para otimizar o tratamento do CG, direcionando imunoterapia e terapias-alvo para populações com maior probabilidade de resposta. A abordagem integrada de terapias sistêmicas e cirurgia, junto a biomarcadores promissores, representa estratégia eficaz. A terapia neoadjuvante/perioperatória mostrou-se eficaz para tumores ressecáveis, e a quimioterapia tripla emerge como padrão para doença localizada. A identificação de biomarcadores, como MSI, PD-L1 e HER2, possibilitou uma seleção mais precisa de pacientes para imunoterapia e terapias direcionadas.
Área
Câncer Esofagogástrico
Autores
CAROLINE BECKER, Martina Brandeburski Camargo, Sophia Ronchetti Xavier, Nathalia Hächler Bertoldo, Bruno Jardim Tesheiner, Paola Schneider, Carolina Beatrici Hosch, Laura Flores Cernicchiaro