Dados do Trabalho


Título

A OBESIDADE POPULACIONAL COMO FATOR DE RISCO PARA O CÂNCER DE FÍGADO NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Introdução

O câncer de fígado do tipo carcinoma hepatocelular está entre as dez neoplasias mais frequentes entre a população mundial, sendo conhecido por sua alta agressividade e, consequentemente, letalidade. É fato consolidado na bibliografia que sua ocorrência é influenciada por fatores externos, sendo de importante destaque fatores como hábitos alimentares do indivíduo como os diferentes níveis de obesidade, sobretudo a grave.

Objetivo

Analisar publicações científicas e estudar a correlação entre obesidade e desenvolvimento de câncer hepático.

Método

Revisão integrativa de literatura que se propõe a investigar se há correlação entre obesidade e os fatores prognósticos do hepatocarcinoma, especialmente de sítio primário. Utilizou-se como fonte de pesquisa as plataformas de informações médicas UpToDate, PubMed e a base de dados Scielo, sendo selecionados cinco artigos para estudo.

Resultados

O microambiente tumoral é composto por diversos tipos celulares a partir de interações complexas entre si. A perturbação desse micro-ambiente celular pode resultar em disfunção epitelial e conduzir à carcinogênese. A inflamação crônica tecidual é um dos exemplos de disruptores dessa homeostase do ciclo celular. Evidenciou-se que a obesidade é considerada uma causa de inflamação crônica generalizada, devido a sua capacidade endócrina e de sinalização, especialmente de espécies reativas de oxigênio e de citocinas pró-inflamatórios. A interrelação da obesidade com a esteatose hepática avançada e cirrose demonstra alta probabilidade para surgimento de lesões no fígado. Apesar de serem necessários mais estudos sobre a possibilidade de interrupção da progressão da doença, já se sabe que a perda ponderal é fundamental para a manutenção metabólica, assim como a atividade física regular é fator protetivo para evitar o câncer hepático.

Conclusão

Conclui-se que a obesidade no mundo está em franco crescimento, ressaltando-se os países subdesenvolvidos, a exemplo do Brasil. Cumpre salientar que esse fenômeno está diretamente relacionado com o processo de transição alimentar no país, com a introdução de alimentos ultraprocessados à dieta, bem como a difusão de alimentação rápida (fast-food). Portanto, a obesidade é um problema de saúde pública para o país, inaugurando importante desafio para a gestão de saúde. Esse problema requer, não obstante, particular atenção quanto à incidência de câncer hepático, visto que é uma neoplasia maligna de alta agressividade e mortalidade na contemporaneidade.

Área

Câncer Hepato-pancreato-biliar

Autores

SOPHIA CAMINHA BEDIN, GABRIELA CECILIA ECHART, MARIANA HARTMANN DILL, SABRINA GARCIA TARDIZ, RYAN CYRNE THURLER DE TOLEDO