Dados do Trabalho
Título
Neoplasia maligna de reto: uma análise retrospectiva do número de casos e modalidades terapêuticas no Rio Grande do Sul nos últimos 10 anos
Introdução
O câncer colorretal está entre as neoplasias malignas mais prevalentes na região sul, sendo que é a terceira mais frequente, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. Dentre elas, podemos destacar a neoplasia de reto, a qual o Rio Grande do Sul (RS) garante um alto número de diagnósticos.
Objetivo
Analisar o número de casos e modalidades terapêuticas de neoplasia maligna de reto na Região Sul do Brasil de 2014 a 2023.
Método
Este é um estudo descritivo retrospectivo que analisou o número de casos de câncer de reto de 2014 a 2023 no estado do RS. Foram utilizadas as variáveis de sexo, faixa etária e modalidade terapêutica para funções comparativas. O estudo conta com a análise feita a partir de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), através da ferramenta TABNET.
Resultados
Identificam-se 7.897 diagnósticos por neoplasia de reto confirmados no período entre 2014 e 2023 no Estado do RS. Observa-se uma maior prevalência no sexo masculino, com 4.487 casos (56,8%), e aumento progressivo do número a partir de 50 a 54 anos, sendo que o pico está entre 60 a 64 anos, com 448 (9,9%) e 767 casos (17%), respectivamente. Em paralelo, o sexo feminino soma um total de 3.410 casos (43,2%), com maior prevalência entre 65 a 69 anos, incidindo 506 casos (14,8%). Além disso, a quimioterapia ocupa o lugar de maior modalidade terapêutica utilizada, com 3.877 casos (49,1%), seguido pela radioterapia, com 1622 casos (20,5%), cirurgia, com 951 casos (12%), e ambas as terapias, com 376 casos (4,7%). 1.071 casos (13,5%) não apresentam informações de tratamento. Por fim, a região Sul dispõe de 20.174 diagnósticos, no qual o RS ocupa o segundo lugar, logo atrás do estado do Paraná, que apresenta 7.929 casos (39,9%).
Conclusão
Diante dos dados, constata-se que, apesar de não ser a neoplasia com maior incidência e mortalidade entre as neoplasias digestivas, o câncer retal acomete uma parcela significativa da população. Destacou-se em ambos os sexos a faixa etária acima de 50 anos, o que demonstra a necessidade de intensificar políticas preventivas contemplando os fatores de risco; especialmente no sexo masculino, que apresenta maior prevalência, a qual pode ser justificada pela carência de procura ao atendimento médico e hábitos de vida. As modalidades terapêuticas se mostraram eficientes, sobressaindo a quimioterapia, visto que pode ser utilizada concomitantemente a outras modalidades como radioterapia e cirurgia.
Área
Câncer Colorretal
Autores
LAURA MOHR, ANA FLÁVIA AZEVEDO ZAROWNY, EDUARDA LARGO PIZI, GABRIEL RIGGO ANTUNES, GABRIELA ALBRECHT DA SILVA, ISADORA BARASUOL BOTTEGA, LEONARDO ZIOTTI MORASKI, MARIA CLARA SPADARI GUADAGNIN, NATÁLIA GHETTINO, PATRÍCIA ISABEL PETRAZZINI