Dados do Trabalho
Título
ADERÊNCIA OVARIANA MIMETIZANDO TUMOR DESMÓIDE EM PAREDE ABDOMINAL: RELATO DE CASO
Introdução
APRESENTAÇÃO DO CASO Mulher de 58 anos foi encaminhada para o serviço de cirurgia oncológica com história de tumoração em parede abdominal há dois anos, sem crescimento progressivo. Apresentava passado cirúrgico de parto cesariano e histerectomia e não tinha histórico familiar de câncer. Ao exame físico o abdome encontrava-se flácido, indolor, com tumoração palpável em topografia do reto abdominal à direita, abaixo da cicatriz umbilical, medindo aproximadamente 5 cm. A ultrassonografia da parede abdominal, trazida pela paciente, evidenciava uma configuração nodular em reto abdominal à direita medindo 5,5 x 3,5 x 4,5 cm. Foi solicitado uma ressonância magnética, que mostrou formação tecidual posterior ao reto abdominal direito em íntimo contato com alças intestinais, medindo 4,0 x 0,9 cm, e em seguida foi submetida a biópsia percutânea da lesão com achado de proliferação celular cuja imunohistoquímica demonstrou uma proliferação miofibroblástica bem diferenciada e sem atipias, sugerindo processo esclerótico cicatricial ou fibromatose tipo desmóide. Com essa hipótese diagnóstica foi indicado a ressecção da lesão por videolaparoscopia. Durante o ato cirúrgico, ao inventário da cavidade, foi evidenciada uma estrutura compatível com o infundíbulo pélvico e o ovário direito aderido à parede abdominal, procedeu-se então com a ressecção da desta tumoração e o laudo histopatológico final confirmou tecido ovariano.
Objetivo
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Casuística
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Método
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Resultados
DISCUSSÃO: A formação de aderências pós-operatórias é o tipo mais comum de complicação de cirurgias abdominais e/ou pélvicas, sua incidência varia de 63% a 97% e embora a maioria dos pacientes permaneça assintomático, um número considerável apresenta complicações graves, incluindo obstrução intestinal, infertilidade e reoperação. Em relação ao diagnóstico e acompanhamento dos tumores desmóides, os exames de imagem são essenciais para o estabelecimento da relação entre o tumor e os tecidos adjacentes, monitorização da evolução e planejamento cirúrgico. Até o presente momento, a cirurgia é o padrão ouro para tratamento do tumor desmóide, mas apesar de ser a terapia mais utilizada, a cirurgia isolada apresenta alta taxa de recorrência, devido ao crescimento local agressivo e a invasão de tecidos circundantes o que torna difícil tanto a ressecção completa do tumor quanto a obtenção de margens cirúrgicas satisfatórias. Uma das terapias alternativas à cirurgia é a radioterapia, apesar de não existir indicação precisa para esta modalidade, existem evidências de que a mesma é útil como tratamento adjuvante, reduzindo a chance de recidiva
Conclusões
CONCLUSÃO: A videolaparoscopia é uma excelente via de acesso para a ressecção de tumores da parede abdominal, e deve sempre ser utilizada quando os exames de imagem pré-operatórios sugerirem íntimo contato com estruturas intra-abdominais, como no presente relato de caso.
Referências
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Palavras Chave
Cirurgia oncológica; videolaparoscopia; oncologia cirúrgica; Tumor ginecológico; Tumor raro
Área
Tumores raros
Instituições
Centro Universitário Cesmac - Alagoas - Brasil, Santa Casa de Misericórdia - Alagoas - Brasil
Autores
Denise Padilha Abs de Almeida, Amanda lira dos santos leite, Diego Windson de Araújo Silvestre, Alex Albuquerque Lins Barbosa, Lucas Albuquerque Mendonça Vaz, Inácio Pereira Aguiar Júnior, Aldo Vieira Barros