Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico do número de internações por neoplasia maligna de mama em mulheres, entre os estados da região Sudeste, de 2016 a 2023

Introdução

A neoplasia maligna da mama é um grave problema de saúde pública que apresenta relevância em âmbitos regional, nacional e global, correlacionando-se diretamente com o impacto social e econômico na população. O câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres em todo o mundo e em todas as regiões do Brasil, com taxas mais elevadas especialmente nas regiões Sudeste, com exceção dos tumores de pele não melanoma (JUCÁ, et al, 2023).

Objetivo

Analisar o número de internações por neoplasia maligna de mama em mulheres, nos estados da região Sudeste, de 2016 a 2023, comparando a prevalência entre esses estados.

Casuística

.

Método

Trata-se de um estudo transversal descritivo e comparativo, cujos dados foram coletados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH/DATASUS), por número de internações em neoplasia maligna de mama, selecionando a região Sudeste do Brasil e seus respectivos estados. No filtro da pesquisa, foi aplicado o ano de processamento, de 2016 a 2023, cor/raça e caráter de atendimento. A análise foi realizada via Excel.

Resultados

Os dados da região Sudeste mostram um aumento anual de internações de mulheres por essa neoplasia, de 2016 a 2019 e de 2021 a 2023, com um leve declínio no período de 2019 a 2021 e um pico em 2023 (24451). Além disso, houve uma prevalência de internações em São Paulo tanto para mulheres de cor/raça branca quanto de cor/raça preta, quando comparado aos outros estados da região, de 2016 a 2023. Quanto ao caráter de atendimento na região Sudeste, as internações de urgência (N= 52.928) foram inferiores às eletivas (N=107.605), no período citado, destacando-se o estado de São Paulo com 66.189 internações em caráter eletivo.

Conclusões

A queda no número de internações entre 2019 e 2021 pode estar associada à pandemia da COVID-19, período marcado por um extenso isolamento social, dificuldades de acesso aos hospitais e possíveis subnotificações de dados. A incidência de internações no estado de São Paulo pode ser atribuída ao seu grande contingente populacional, sendo o estado mais populoso do Brasil (IBGE, 2022). As internações eletivas são mais comuns e são realizadas para quimioterapia de infusão contínua ou para tratar complicações do câncer. Geralmente, os pacientes que estão clinicamente descompensados já estão hospitalizados, portanto, essas internações não são consideradas emergenciais (MACHADO, et al, 2021).

Referências

JUCÁ, Yasmin; et al. O perfil epidemiológico das internações por neoplasia maligna da mama no Brasil, entre 2018 e 2022. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences Volume 5 Issue 3 (2023), pág. 203-219.

IBGE. De 2010 a 2022, população brasileira cresce 6,5% e chega a 203,1 milhões. Agência IBGE notícias, 28/06/2023. Disponível em Acesso em: 01/05/2024

MACHADO, Analy; et al. Perfil das internações por neoplasias no Sistema Único de Saúde: estudo de séries temporais. Rev Saúde Pública. 2021;55:83. https://doi.org/10.11606/s1518- 8787.2021055003192

Palavras Chave

Internações; Neoplasia maligna de mama; Sudeste

Área

Tumores da mama

Autores

Iasmin Schausse Ferreira, Maria Eduarda dos Santos Reis