Dados do Trabalho
Título
Reconstrução de mama: benefícios da atuação interdisciplinar na reconstrução imediata
Introdução
a reconstrução imediata da mama consiste na associação de técnicas para reestabelecimento da forma mamária no mesmo tempo cirúrgico da ressecção tumoral. Ela diminui as sequelas físicas e psicológicas que a mastectomia isolada causa em um primeiro momento e permite maior integração, tanto da paciente com o seu tratamento, quanto entre os membros da equipe médica assistente.
Objetivo
ressaltar os benefícios do tratamento interdisciplinar e como a proposta de tratamento oncológico interfere na escolha das técnicas de reconstrução.
Casuística
São apresentados 6 casos clínicos com variadas técnicas de reconstrução.
Método
análise de casos de reconstrução imediata da mama, com diferentes técnicas operatórias, determinadas pelos tratamentos prévios ou subsequentes (quimioterapia e/ou radioterapia).
Resultados
as técnicas de reconstrução estão diretamente relacionadas ao tratamento proposto. A cirurgia reparadora deve ser individualizada e planejada com opções variadas.
No pré e per-operatório, a avaliação conjunta determina a extensão e posição da incisão cutânea, a previsão de tecido remanescente ao redor da lesão, a permanência ou não do complexo aréolo-papilar, além de permitir a demarcação de pontos anatômicos para a reconstrução em mesmo tempo cirúrgico. Durante a mastectomia, a equipe da cirurgia plástica assiste e se atenta para fatores intraoperatórios importantes para a sua atuação a seguir, como a integridade das estruturas musculares e pedículos vasculares do entorno, a espessura dos retalhos cutâneos após a mastectomia, a preservação de segmentos necessários para a reconstrução e outras eventuais particularidades cirúrgicas.
Tecidos irradiados respondem de forma diferente. Levam mais tempo para cicatrizar e não tem a mesma elasticidade. Isso pode dificultar, ou impedir, o uso de expansores de tecido em mamas previamente irradiadas. Em contrapartida, quando há previsão de radioterapia no pós-operatório, a tendência é evitar a reconstrução imediata com prótese definitiva. As possibilidades de complicações aumentam consideravelmente, com deformidade mamária, contratura capsular e extrusão da prótese. Nessas situações preferimos a reconstrução em dois tempos cirúrgicos com o uso de expansores de tecido, que deverão ter tido o processo de expansão finalizado antes do início da radioterapia. Isso possibilita que eventuais efeitos adversos da radioterapia sejam melhorados no momento da troca do expansor pela prótese definitiva.
São apresentados casos clínicos de mastectomias parciais ou totais, com diferentes formas de reparação: retalhos de tecidos remanescentes (derme, gordura, mama), expansores, próteses, uso de matriz dérmica e retalhos mio-cutâneos.
Conclusões
Os exemplos apresentados demonstram que a sintonia entre as equipes foi decisiva para resultados de sucesso do ponto de vista oncológico e que alcançaram simetria das mamas, bom posicionamento das cicatrizes, adequação dos volumes em relação a estrutura torácica e principalmente, a satisfação da paciente.
Fotos e tabelas
Artigo aceito para publicação em revista Qualis A - Cuadernos de Educacion y Desarrollo
Palavras Chave
Neoplasia da Mama; Mamoplastia; Equipe de Assistência ao Paciente; Bem-Estar Psicológico.
Área
Cirurgia reparadora / Oncoplastia
Autores
Luisa Franco, Alberto Mota, Maira Oppel, João Medeiros, Diogo Franco