Dados do Trabalho
Título
IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE A EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DO CÂNCER DE MAMA EM ITUMBIARA - GO
Introdução
Câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres. No Brasil, a estimativa de incidência é de 22% ao ano, em relação ao total de casos de cânceres nas mulheres. Na Região Centro-Oeste, foram estimados 51 casos por 100 mil habitantes. A taxa de sobrevivência varia entre os países. O país progrediu em 3 fases, 1ª: a ausência de estratégias de detecção, 2ª: o incentivo ao autoexame; 3ª: a partir de 2005, com a mamografia para detecção precoce. Em 2020, a pandemia de COVID-19 aumentou as taxas de mortalidade, devido a maior gravidade da doença em pacientes idosos, com diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, a pandemia caracterizou-se pelo isolamento social, trazendo o receio de infecção e dificultando a procura por serviços de saúde.
Objetivo
Diante da relevância, propôs-se a analisar a prevalência, com enfoque no impacto da pandemia de COVID-19 sobre a procura dos pacientes de câncer de mama por atendimento médico, objetivando-se a avaliar os fatores de risco e a incidência do câncer de mama na cidade de Itumbiara.
Casuística
Análise de dados secundários de 97 pacientes.
Método
Este foi um estudo epidemiológico descritivo, qualitativo e quantitativo, com base na coleta e análise retrospectiva de dados de sexo, idade e tipos histológicos à biópsia, presentes nos prontuários de portadores de câncer de mama registrados no Núcleo de Apoio ao Portador de Câncer de Itumbiara nos anos de 2018, 2019 e 2020. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da universidade e aprovado, com dispensa de Termo Consentimento Livre e Esclarecido, por se tratar de dados secundários. Foram realizadas palestras educativas em unidades básicas de saúde e instituições de ensino, acerca do tema e importância da mamografia.
Resultados
Foram analisados 488 prontuários. Destes, 97 citaram alterações mamárias, sendo 90 carcinomas e 7 com alterações não malignas. Coincide com os dados do Instituto Nacional do Câncer o predomínio feminino, sendo apenas 1 do gênero masculino. Na figura 1, mostra-se a porcentagem do número de casos por faixa etária em que foram diagnosticados: 2,2% entre 05-19 anos; 12,2%: 20-39; 61,2%: 40-59; 21,1%: 60-79; 1,1%: 80-99 anos; e 2,2%: sem dados suficientes. Quanto aos tipos histológicos, na figura 2, foram observados 56 casos de carcinoma ductal invasivo (64,4%), 8 ductal “in situ”, 2 lobular invasivo, 1 lobular “in situ”, 21 sem especificações, dois carcinomas raros, sendo 1 espinocelular e 1 Doença de Paget. Tais resultados estão de acordo com a literatura, com predomínio em mulheres, média de 50 anos e carcinoma ductal invasivo sendo o mais frequente (75%; lobular: 15%; e especiais como o espinocelular: 10%).
Conclusões
Reafirmamos alguns fatores de risco e observa-se que a pandemia de COVID-19 acarretou consequências no diagnóstico e tratamento de pacientes oncológicos, tendo muitas cirurgias adiadas para evitar riscos de contrair a infecção. Conclui-se assim, que os levantamentos epidemiológicos em Itumbiara auxiliam no manejo e foco do sistema público local, como quais medidas devem ser tomadas e quais pacientes necessitam de maior atenção, mesmo com o isolamento social para evitar a infecção pelo SARS-CoV-2.
Fotos e tabelas
Palavras Chave
Câncer; Mama; Mamografia; Epidemiologia; PREVENÇÃO; BRCA1; BRCA2; Diagnóstico; Carcinoma; COVID-10
Área
Prevenção / Rastreamento
Instituições
Universidade Estadual de Goiás - Goiás - Brasil
Autores
Jordanna de Paula Felipe Mendes, Erik Ricardo Goncalves Araujo, Bruno Dalla Vechia Vendramini, Hugo Dias Leso, Jonathan Ballico de Moraes, João Paulo Martins do Carmo